Mais 425 casos de covid-19 e quatro mortes em Portugal nas últimas 24 horas

Total de infetados é agora de 65 021. Óbitos ocorreram no norte (dois), em Lisboa (um) e no Algarve (um).
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O número de novos infetados diários por covid-19 desceu. Nas últimas 24 horas foram reportados menos 188 casos do que na segunda-feira. São agora mais 425 novos casos (227 na região de Lisboa) e quatro mortes em Portugal, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta terça-feira (15 de setembro).

Os óbitos estão distribuídos por norte (dois), Lisboa (um) e Algarve (um).

Desde o início da pandemia já se registaram 65 021 infetados, 44 362 recuperados e​ 1875 vítimas mortais no país (945 homens e 930 mulheres). Há ainda 18 784 casos ativos, mais 244 do que na segunda-feira, e 478 pessoas internadas em todo o país (mais uma). O número de doentes hospitalizados em unidades de cuidados intensivos desceu de 61 para 59 nas últimas 24 horas.

Em vigilância pelas autoridades de saúde estão agora 36 955 pessoas (mais 197 do que ontem).

A maioria de novos casos continua localizada na região de Lisboa e vale do Tejo (227) e no norte (117), onde Guimarães e Vila Nova de Gaia têm aparecido como os concelhos com maior número de novos infetados por dia. A região centro reportou 51 novas infeções, o Alentejo 14 e o Algarve 15. Os Açores têm um novo infetado e a Madeira continua sem casos novos, sendo ainda a única região que não registou qualquer morte por covid-19.

A partir desta terça-feira (15 de setembro), Portugal continental estará em situação de contingência. Uma medida justificada pelo governo com o crescente número de novos infetados, bem como o regresso às aulas e ao trabalho presencial, após as férias. "Nas últimas três semanas tem havido um crescimento sustentado da evolução da pandemia", sublinhou o primeiro-ministro, António Costa, quando anunciou as novas regras, apelando a um cuidado redobrado nesta "nova fase" que se inicia: "O comportamento desta pandemia depende do comportamento de cada um de nós."

Mas o que muda? Além de o uso obrigatório de máscara nos espaços públicos fechados se manter, os ajuntamentos ficam limitados a dez pessoas, na via pública e em estabelecimentos, salvo se pertencentes ao mesmo agregado familiar. Em espaços fechados como cafés e restaurantes, que se localizem num perímetro de 300 metros das escolas, os grupos estão limitados a um máximo de quatro pessoas. Regra que se mantém na restauração dos centros comerciais.

Além disso mantém-se a proibição de venda de bebidas alcoólicas a partir das 20.00. Na Grande Lisboa e no Grande Porto, é aconselhada a organização do trabalho com escalas de rotatividade entre teletrabalho e trabalho presencial, o desfasamento de horários de entrada e saída, pausas e refeições. Os recintos desportivos vão continuar sem público e até ao final do mês estarão operacionais 18 brigadas de emergência (constituídas por médicos, enfermeiros e técnicos de diagnóstico, num total de 400 pessoas) para agir de forma rápida nos surtos em lares.

As escolas públicas começaram a abrir portas na segunda-feira para receber os alunos do 1.º ao 12.º anos, que regressam ao ensino presencial, interrompido em março devido à pandemia de covid-19. No novo ano letivo, professores, estudantes e funcionários vão experienciar uma escola diferente, em relação aos anos anteriores, com um conjunto de regras e normas de funcionamento que foram implementadas para ajudar a manter a escola aberta o máximo tempo possível.

Os recintos escolares têm planos de contingência e o encerramento será sempre uma medida de último recurso, tomada apenas em situações de "elevado risco", segundo a Direção-Geral da Saúde.

O novo coronavírus já infetou 29 472 095 de pessoas no mundo inteiro e provocou 933 341 mortes, segundo dados do Worldometers. Há agora 21,2 milhões de recuperados.

No total, os Estados Unidos da América são o país com a maior concentração de casos (6 749 289). A Índia (4 930 236) já ultrapassou o Brasil (4 349 544) e a Rússia (1 073 849), que é agora o país com maior número de novos infetados por dia (5529). Já a China - país onde o novo coronavírus foi descoberto no final do ano passado - registou mais oito novas infeções desde segunda-feira.

Quanto aos óbitos, os EUA continuam a liderar com 199 mil mortes, seguidos do Brasil (132 117), da índia (80 808) e do México (71 049), que é agora dos países com maior letalidade por dia a nível mundial (228 nas últimas 24 horas). Na Europa, Espanha (593 730), França (387 252) e Reino Unido (371 125) continuam a ser os países com maior número de novos infetados. Portugal surge em 49.º lugar nesta tabela.

Segundo a OMS, a Europa provavelmente verá um aumento no número de mortes diárias em outubro e novembro. "Vai ficar mais difícil... em outubro, novembro, veremos mais mortalidade", disse o diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, à agência de notícias AFP. O número de casos tem aumentado em vários países europeus nas últimas semanas, com Espanha e França tendo os maiores picos.

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