Lisboa avança com apoio de 335 mil euros a salas de espetáculos
A Câmara de Lisboa vota esta quinta-feira, em reunião do executivo municipal, uma proposta para apoiar com uma verba total de 335 mil euros várias salas de espetáculos da cidade. Na lista estão o Teatro Politeama (45 mil euros), o Teatro Maria Vitória (40 mil euros), o Coliseu dos Recreios (85 mil euros), o Teatro Villaret (25 mil euros), o Campo Pequeno (85 mil euros) e o Teatro Tivoli-BBVA (55 mil euros).
"Todas estas salas desempenham um papel fundamental nos tecidos cultural e económico da cidade e contribuem para a vitalidade das artes performativas e de todo o setor ligado à apresentação de música ao vivo", tendo sido "particularmente afetadas pela pandemia e pelas medidas de confinamento e de limitação das atividades com público", refere o documento que será hoje levado à reunião camarária, a que o DN teve acesso. Apesar de não constar da ordem de trabalhos, a proposta será apresentada extra-agenda.
As verbas, atribuídas a fundo perdido, inserem-se no âmbito do "Lisboa Protege", o programa camarário de apoio à economia e à cultura para fazer face às perdas decorrentes da pandemia de covid-19.
De acordo com texto, todas as entidades que estão agora na lista apresentaram à Câmara Municipal de Lisboa "pedidos de apoio devidamente instruídos" e foram objeto de uma "análise individual aos custos fixos com instalações e recursos humanos e às perdas sofridas no período compreendido entre dezembro de 2020 e março de 2021". Para o apuramento dos valores foram também "considerados os sobrecustos decorrentes da implementação de todas as medidas necessárias à higienização de espaços, material de autoproteção e para a circulação de públicos". No caso dos teatros Politeama e Maria Vitória foi igualmente levado em conta o facto de terem produção própria.
"A Câmara Municipal de Lisboa, com este apoio financeiro extraordinário que pretendemos atribuir a um conjunto de salas de espetáculos, está ciente da importância que estes espaços representam para a vivência cultural da cidade, numa altura particularmente dura do contexto pandémico que vivemos", diz ao DN Catarina Vaz Pinto, vereadora da Cultura, que subscreve a proposta a par com Miguel Gaspar, responsável pela pasta da Economia e Inovação no executivo municipal.
"Considerando que estas casas ou têm estado fechadas e sem qualquer atividade, ou têm funcionado com fortíssimas restrições decorrentes do cumprimento das regras sanitárias, defendemos que o apoio é fundamental para que a vida notável que já viveram não fique seriamente comprometida e elas próprias não fiquem para trás", sublinha a vereadora, acrescentando que esta "medida extraordinária é também uma forma de enfrentarem uma retoma que se antevê difícil".
Os apoios serão atribuídos às entidades gestoras das diversas salas de espetáculos: a Somos Força de Produção, que gere o Teatro Villaret; a Boca de Cena- Produções Artísticas, que gere o Politeama; a UAU - Produção de Espetáculos, entidade gestora do Teatro Tivoli-BBVA; a Ricardo Covões, responsável pelo Coliseu dos Recreios; a Plateia Colossal, que gere o Campo Pequeno; e a Hélder Freire Costa Produções, que gere o Maria Vitória.