Harry e Meghan processam paparazzi por fotos do filho dentro de casa

Os duques de Sussex alegam que paparazzi recorreram a drones e a helicópteros para obter fotos ilegais do filho Archie de 14 meses no quintal da casa do casal, naquilo que consideram ser uma invasão de privacidade.
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Considerando que estão a ser alvo de uma invasão de privacidade, os duques de Sussex entraram com uma ação judicial contra paparazzi pela obtenção de imagens ilegais do filho Archie de 14 meses no interior da residência na Califórnia, nos EUA. Na queixa apresentada pelo advogado de Harry e Meghan Markle, os duques alegam que os paparazzi recorreram a drones e helicópteros para captar imagens do filho quando este estava no quintal.

"Todo o indivíduo e membro de uma família na Califórnia tem garantido por lei o direito à privacidade na sua casa. Nenhum drone, helicóptero ou teleobjetivas pode tirar esse direito", afirmou, em comunicado, o advogado Michael Kump, em nome do casal.

"O duque e a duquesa de Sussex entram com este processo [judicial] para proteger o direito de privacidade do filho na sua casa, sem a intrusão de fotógrafos, e para descobrir e impedir aqueles que procuram lucrar com essas ações ilegais", lê-se ainda na nota, citada pela CNN.

Harry, Meghan e o filho de ambos, Archie Harrison Mountbatten-Windsor, mudaram-se para a Califórnia, após uma temporada no Canadá, depois de o casal anunciar em janeiro que iria deixar de participar nos compromissos da família real e que pretendia "trabalhar para se tornar financeiramente independente". O casal deixou mesmo formalmente o cargo de membro sénior da família real britânica.

Se no Reino Unido o casal se queixava da pressão mediática a que estava sujeito, querendo por isso afastar o filho dos holofotes, do outro lado do Atlântico o duque e a duquesa de Sussex continuam a ser alvo do interesse de vários meios de comunicação social.

Drones, helicópteros e buracos na cerca de segurança. Tudo por uma foto de Archie

Na queixa contra desconhecidos apresentada no tribunal de Los Angeles, a que o site Hollywood Reporter teve acesso, pode ler-se que ocorreram "invasões em série na privacidade de uma criança de 14 meses na sua própria casa". Harry e Meghan decidiram por isso avançar para uma ação judicial, uma vez que é "o desejo e responsabilidade de qualquer pai/mãe em fazer o que for necessário para proteger seus filhos".

O advogado do casal Michael Kump refere na queixa que alguns paparazzi e meios de comunicação social recorreram a drones, que sobrevoavam a casa dos duques até três vezes por dia, "para conseguir fotos do casal e do filho na sua residência privada". "Outros enviaram helicópteros para sobrevoar o jardim da casa às 05:30 ou às 19:00, acordando vizinhos e o seu filho dia após dia. Outros ainda fizeram buracos nas cercas de segurança para conseguir olhar lá dentro", denuncia o representante de Harry e Meghan.

De acordo com o Hollywood Reporter, o casal descobriu que as fotos do pequeno Archie estavam a ser vendidas online, tendo como indicação que as imagens foram captadas quando a criança estava na praia em Malibu, o que duques de Sussex garantem nunca ter acontecido.

Não sabem quem tirou as fotos do filho ou quem está a tentar vendê-las e por isso apresentaram uma queixa no tribunal contra desconhecidos. O casal considera que as imagens não são de interesse público e que representam apenas "assédio" à família que agora vive na Califórnia. Para os pais de Archie, o objetivo em captar imagens ilegais para depois as vender serve unicamente para "lucrar com uma criança".

Num outro processo judicial, Meghan Markle está a processar a empresa que detém o jornal britânico Mail on Sunday por ter publicado excertos de uma carta que a duquesa escreveu ao pai após o casamento com o príncipe Harry.

Corte de relações com tablóides britânicos

O casal já tinha cortado relações com quatro tablóides britânicos. O príncipe Harry e Meghan Markle fizeram saber que não vão responder, ainda que através do seu porta-voz, a telefonemas de jornalistas desses jornais, nem confirmar ou desmentir informações.

Foi através de uma carta aos editores de todos os títulos e sites do "Sun", "Mirror", "Mail" e "Express," que um representante dos duques de Sussex explicou que a decisão foi tomada após a publicação de histórias "distorcidas, falsas ou invasivas".

"O duque e a duquesa de Sussex citam ainda pessoas que conhecem - bem como estranhos - que viram as suas vidas expostas sem nenhuma razão a não ser a de alimentar boatos obscenos [para] aumentar as receitas de publicidade" dessa imprensa, diz a carta.

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