Goa cria centro de detenção para estrangeiros
Segundo a AFP, o responsável goês disse no parlamento do estado, na quarta-feira, que seria criada esta instalação específica dentro de dois a três meses, com a ajuda do Governo indiano.
"Os estrangeiros serão mantidos neste centro de detenção até serem levados pelas autoridades dos seus países", disse Parrikar, acrescentando que 143 estrangeiros foram detidos desde 2011 por terem o visto vencido ou por estarem sem passaporte válido.
"Os estrangeiros em situação irregular aproveitam-se das lacunas das leis atuais", declarou.
Com praias de areia branca e um bom clima, a antiga colónia portuguesa de Goa tem sido um atrativo para os turistas, mas as autoridades têm reprimido as atividades estrangeiras ilegais nos últimos anos.
Parrikar disse que muitos infratores estão envolvidos no tráfico de drogas e tiram proveito da falta de um centro de detenção, desaparecendo depois dos seus processos de deportação serem iniciados.
O governante disse que alguns estrangeiros têm a tendência de destruir os seus passaportes e, quando são presos pela polícia, permanecem em Goa para se defenderem em tribunal.
Com a falta de um documento apropriado, torna-se difícil conhecer a nacionalidade do cidadão estrangeiro.
No ano passado, os estrangeiros foram proibidos de trabalhar na praia em bares e restaurantes, depois de terem sido inúmeras as denúncias por discriminação contra os turistas domésticos.
No início de 2013, Parrikar liderou uma delegação a Nova Deli pedindo poderes especiais par restringir a venda de terras, temendo que a identidade de Goa submergisse diante da construção de casas de férias.
O estado tem também imposto limites na vida noturna, depois de uma série de crimes, incluindo o rapto e assassínio da britânica Scarlett Kelling, em 2008.