EUA confirma segundo caso de coronavírus e 50 suspeitos

Uma mulher que vive em Chicago regressou de Wuhan a 13 de janeiro. Está hospitalizada e "clinicamente estável", dizem as autoridades norte-americanas.
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A 13 de janeiro, uma sexagenária que vive em Chicago voltou de Wuhan, cidade chinesa onde começou o surto, e está infetada com o coronavírus chinês, disseram autoridades sanitárias americanas, que relataram que este é o segundo caso confirmado no país e que há mais 50 casos sob investigação.

Hospitalizada para evitar a disseminação, "ela está clinicamente estável", disse Allison Arwady, chefe de saúde pública de Chicago, em conferência de imprensa. A diretora do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), Nancy Messonnier, relatou que, além dos dois casos confirmados, 11 pessoas avaliadas no país receberam diagnóstico negativo e outros 50 pacientes estão em análise.

De acordo com a Comissão Nacional de Saúde da China, o período de incubação do vírus pode estender-se até 14 dias.

Coreia do Sul e Japão entre os países que registam casos de contaminação

Vários países estão a registar os primeiros casos de contaminação com o novo coronavírus, como é o caso da Coreia do Sul, onde um homem de 50 anos, que trabalhou em Wuhan, apresentou resultados positivos, o Japão, onde um homem de 30 anos foi hospitalizado com sinais positivos, Singapura, um homem de 66 anos e o seu filho de 37 também estão sinalizados.

Taiwan, com uma mulher de 50 anos, Tailândia, onde quatro casos (três chineses e uma tailandesa) e Vietnam, com a deteção do vírus em dois homens chineses (pai e filho), são outros países atingidos pelo surto.

Em Hong Kong, duas pessoas estão hospitalizadas, enquanto esperam resultados, e em Macau as autoridades anunciaram o primeiro caso em 22 de janeiro, de uma empresária de 52 anos, que chegou três dias antes num comboio proveniente da cidade chinesa de Zhuhai, tendo um segundo caso sido já registado pelas autoridades.

No território continental chinês há registo de mais de 800 pessoas infetadas e cerca de 1000 casos suspeitos.

As autoridades chinesas consideram que o país está no ponto "mais crítico" no que toca à prevenção e controlo do vírus e colocaram em quarentena, impedindo entradas e saídas, três cidades onde vivem mais de 18 milhões de pessoas --- Wuhan, a as vizinhas Huanggang e Ezhou.

Portugal ativa dispositivos de prevenção

Num esforço sem precedentes para tentar travar a propagação, cancelaram também as comemorações do Ano Novo chinês em várias localidades, incluindo a capital, Pequim.

Em Portugal, a Direção Geral de Saúde anunciou a ativação dos dispositivos de saúde pública de prevenção, enquanto o Centro Europeu de Controlo de Doenças elevou para 'moderado' o risco de contágio na União Europeia (UE), continuando a monitorizar a situação e a realizar avaliações rápidas de risco.

Os primeiros casos do vírus "2019 -- nCoV" apareceram em meados de dezembro na cidade chinesa de Wuhan, capital e maior cidade da província de Hubei, no centro da China, quando começaram a chegar aos hospitais pessoas com uma pneumonia viral.

Os sintomas destes coronavírus são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, incluindo falta de ar.

Atualizado às 17:01

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