Duarte Lima vai ter acesso ao processo na quinta feira
Numa nota enviada à comunicação social, o advogado João Ribeiro Filho indica que "o inquérito, onde Duarte Lima é testemunha", vai ser-lhe entregue "na íntegra", nos termos da lei brasileira.
O advogado nega ainda que a polícia tenha suspeitos e que tenha detido alguém, nomeadamente o alegado assassino de Rosalina Ribeiro, morta em Dezembro do ano passado, em Saquarema, na região dos Lagos, no estado do Rio de Janeiro, poucas horas depois de se ter encontrado com Duarte Lima.
João Ribeiro Filho acrescenta que agirá "judicialmente contra todos aqueles que publicarem mentiras".
A antiga secretária e companheira do empresário português Lúcio Tomé Feteira (falecido em 2000) estava a disputar na Justiça brasileira e portuguesa com a filha deste uma herança milionária e Duarte Lima era o seu advogado.
No sábado, João Ribeiro Filho tinha acusado os investigadores de prejudicarem a investigação e de tardiamente terem cumprido a decisão do Supremo Tribunal Federal Brasileiro.
A polícia brasileira quer ouvir Domingos Duarte Lima no âmbito deste caso, como testemunha, e já enviou uma carta rogatória às autoridades portuguesas com as questões que pretende colocar ao advogado português.
Duarte Lima recusou porém responder alegando não ter acesso aos autos do inquérito, um direito que a lei brasileira confere às testemunhas.
O Ministério Público devolveu por isso à Interpol, "sem as respostas pretendidas", a carta rogatória enviada pelas autoridades brasileiras.
O advogado de Duarte Lima em Portugal, Germano Marques da Silva, já disse que o seu cliente responderá às perguntas da polícia brasileira "logo que tenha acesso ao processo".