De líder parlamentar a suspeito da morte de milionária brasileira
Na quinta-feira, o Ministério Público brasileiro acusou o advogado de matar Rosalina Ribeiro por esta se ter recusado a assinar um documento a negar qualquer depósito de 5,2 milhões de euros na sua conta bancária.
O ex-deputado do PSD, Duarte Lima, era à data do crime, advogado de Rosalina Ribeiro, num processo de disputa da herança do milionário português Lúcio Tomé Feteira com os filhos do empresário.
Licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa, Duarte Lima começou por ser presidente da Federação Distrital de Bragança do PSD, mas acabou por mudar-se para Lisboa onde prosseguiu a sua carreira política.
Eleito pela primeira vez como deputado à Assembleia da República em 1983, pelo círculo de Bragança, o advogado chegou a líder parlamentar do PSD, cargo que exerceu durante a primeira metade da década de 1990.
Depois, em Janeiro de 1997, venceu as eleições para a presidência da Federação Distrital do PSD/Lisboa, mantendo-se como deputado na Assembleia da República.
No ano seguinte, em Novembro, durante um exame médico de rotina, foi-lhe detectada uma leucemia em estado avançado, o que o obrigou a um internamento imediato.
Esteve seis meses internado mas após um transplante acabou por recuperar da doença e retomar a sua actividade partidária tornando-se igualmente vogal da direcção da Associação Portuguesa Contra a Leucemia e do Conselho de Ética do IPO, Lisboa.
Duarte Lima, também docente universitário, foi em Outubro de 2002 um dos impulsionadores da Associação Portuguesa Contra a Leucemia, que avançou com a ideia de fundar um banco nacional de dadores de medula.
Entre os outros cargos exercidos por Duarte Lima destacam-se o facto de ter sido membro da Delegação Portuguesa à Assembleia da NATO e vice-Presidente da comissão Política Nacional do PSD.