"Estar assintomático é positivo", diz DGS sobre português infetado no Japão
"Temos de estar tranquilos e pensar que este nosso concidadão, para bem dele, e ainda bem, até à data não apresenta sintomas, vamos aguardar para ver a evolução, mas estar assintomático é, por enquanto, positivo", disse Graça Freitas em declarações à agência Lusa.
Graça Freitas explicou que as autoridades de saúde japonesas "estão a retirar as pessoas do navio para hospitais de referência no Japão de acordo com os sintomas e a situação clínica".
"No caso concreto deste senhor, e de outros passageiros e tripulantes que se encontram a bordo e assintomáticos, há um critério de prioridade. A indicação que há nestas situações é para isolamento e ficar em vigilância para ver se os sintomas evoluem ou não", explicou a responsável.
As autoridade japonesas confirmaram hoje que o português Adriano Maranhão, canalizador no navio Diamond Princess, atracado no porto de Yokohama, testou positivo ao coronavírus Covid-19, disse à Lusa fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Segundo Graça Freitas, as pessoas saíram do navio de acordo com o "grau de prioridade e porque apresentavam sintomas", sublinhado que no caso concreto de Adriano Maranhão, "enquanto se mantiver assintomático, não será prioritário, digamos assim".
"Neste caso, é uma pessoa assintomática, estará em vigilância e, se houver alteração do estado de saúde, haverá também alteração do seu estado de risco e as medidas previstas serão aquelas que as autoridades japonesas tiverem no seu protocolo", concluiu.
Graça Freitas lembrou ainda que os cinco tripulantes portugueses do navio "foram testados ao longo do tempo" e só este caso é que se confirmou positivo, depois de "há já algum tempo se ter pensado que um outro estaria positivo, o que não veio a confirmar-se".
Fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros numa nota enviada à agência Lusa avançou ter sido "confirmado pelas autoridades de saúde japonesas que a pessoa em causa deu teste positivo. A família está informada, assim como o próprio".
De acordo com a mesma fonte, o ministério está a "insistir junto das autoridades locais para que se proceda à sua transferência para o hospital de referência", no Japão.
O coronavírus Covid-19 surgiu em dezembro em Hubei, no centro da China, país onde estão registados, a nível continental, 76.936 casos, 2.442 dos quais mortais.
O segundo país mais afetado é o Japão, com 769 casos (três dos quais mortais), incluindo pelo menos 364 no cruzeiro Diamond Princess, onde no sábado foi detetada a infeção de um cidadão português. Registou-se hoje a terceira morte a bordo do Diamond Princess. A vítima, que morreu de pneumonia, é um octogenário japonês que também sofria de outras doenças, informou o ministério em comunicado.
Segue-se a Coreia do Sul, com 556 casos, cinco dos quais mortais.
Itália surge em quarto lugar dos países e territórios com mais casos, registando 132 casos de infeção por Covid-19, dois deles mortais.