Costa recorda que salas de espetáculo também são locais de resistência
O primeiro-ministro, António Costa, considerou este domingo, a propósito do Dia Mundial do Teatro, que a guerra na Ucrânia demonstrou que os teatros "não são apenas espaços de cultura, são lugares de resistência".
Costa escreveu na rede social Twitter que "como a guerra na Ucrânia tristemente demonstra, os teatros não são apenas espaços de cultura, são lugares de resistência".
O primeiro-ministro aludiu ao teatro de Mariupol, na Ucrânia, que foi bombardeado pela força aérea russa em 16 de março. As instalações do teatro estavam a ser utilizadas para abrigar pessoas.
De acordo com o último balanço feito pelas autoridades locais, na sexta-feira, pelo menos 300 terão morrido na sequência do bombardeamento. O teatro abrigava mais de 1.000 pessoas.
António Costa também escreveu no Twitter que, ao contrário do que aconteceu nos últimos dois anos por causa da pandemia, este ano é possível celebrar o Dia Mundial do Teatro "com as salas abertas e com aplausos".
O Presidente da República recordou este domingo, por ocasião do Dia Mundial do Teatro, que o hiato provocado pela pandemia "trouxe prejuízos" e comprometeu-se a acompanhar todos os esforços para o regresso, "melhor do que antes, do teatro".
Numa nota divulgada na página oficial da Presidência da República na internet, Marcelo Rebelo de Sousa refere que o Dia Mundial do Teatro é assinalado num "contexto difícil, ainda não desprovido de razões de esperança".
O regresso às salas de espetáculo foi feito "em segurança", prosseguiu o chefe e Estado, recordando que o teatro "é uma arte de presença e não vive sem a presença".
No entanto, o hiato provocado pela pandemia "trouxe prejuízos de diversa natureza, artística e pessoal, que é urgente ultrapassar".
"Saudando todos os que fazem teatro, reafirmo a minha intenção de acompanhar as soluções legislativas, logísticas e sociais para o regresso, como antes e melhor do que antes, do teatro português", completou.
Marcelo Rebelo de Sousa recordou ainda a morte do encenador Jorge Silva Melo, um dos "mais destacados e mais inconformados", que morreu em 14 de março, e referiu a "incerteza quanto ao destino da companhia que fundou".