A Direção-geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) mantém-se "alerta" face ao novo coronavírus e refere que tem que ser acautelada a entrada em Portugal de animais vivos, bens e produtos provenientes de países onde a doença foi detetada.."Em Portugal, o risco de entrada do vírus está sobretudo associado à circulação de pessoas, nomeadamente às entradas de viajantes provenientes da China e outros países onde a doença já foi identificada. No entanto, terão de ser acauteladas as entradas de animais vivos, bens e/ou produtos (géneros alimentícios e alimentação animal) provenientes desses países", avisou a DGAV, numa nota publicada na sua página na internet..Os postos de inspeção fronteiriça portugueses recebem navios com contentores provenientes da China e países vizinhos, pelo que a DGAV recomenda que os funcionários utilizem equipamento de proteção individual, máscara protetora e luvas..Por outro lado, esta autoridade veterinária nacional aconselhou os postos a implementar um plano de controlo de pragas..A DGAV "mantém-se alerta" face a esta situação e está em "estreita ligação" com as autoridades de saúde pública nacionais, bem como com os responsáveis pela fauna silvestre, de modo a garantir "mensagens de comunicação e gestão de riscos coerentes e apropriadas"..De acordo com a mesma fonte, as autoridades aduaneiras e sanitárias da China embargaram a exportação de animais exóticos e silvestres, como aves, peixes ornamentais, pombos, répteis, aranhas e escorpiões, a partir deste país.."A gestão eficaz dos riscos de biossegurança e cooperação com as autoridades de controlo veterinário irão ser reforçadas nas fronteiras", avançou..Apesar de referir que existe uma suspeita de que o novo coronavírus possa ter origem animal, a DGAV ressalvou que "ainda não é conhecida a correlação epidemiológica com os animais"..Cuidados a ter no contacto com animais.Já no que se refere às precauções a tomar com animais vivos ou produtos animais, a autoridade cita as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomendam que, sempre que se viaje para países em que a doença já foi detetada e sejam visitados estabelecimentos comerciais de animais vivos, devem adotar-se medidas de higiene como a lavagem regular das mãos, evitando tocar nos olhos, nariz ou boca..Adicionalmente, a OMS defendeu que qualquer contacto com animais existentes no mercado "deve ser estritamente evitado", bem como o contacto com resíduos ou fluidos de animais "potencialmente contaminados no solo ou nas estruturas de lojas e instalações de mercado"..A China elevou para 213 mortos e quase 10 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei (centro)..O anterior balanço registava 170 mortos na China e 7 736 pessoas infetadas..Além do território continental da China e das regiões de Macau e Hong Kong, há mais de 50 casos de infeção confirmados em 20 outros países - Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Austrália, Finlândia, Emirados Árabes Unidos, Camboja, Filipinas e Índia..A OMS declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional (PHEIC, na sigla inglesa) por causa do surto do novo coronavírus na China..Uma emergência de saúde pública internacional supõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial. É a sexta vez que a OMS declara uma emergência de saúde pública de âmbito internacional..Para a declarar, a OMS considerou três critérios: uma situação extraordinária, o risco de rápida expansão para outros países e a exigência de uma resposta internacional coordenada.