Consultas médicas facilitam aproximação

No seu consultório  da Rua do Alecrim, em Lisboa, Ferreira Diniz recebia alunos  da Casa Pia do Colégio de Santa Catarina, situado ali perto
Publicado a
Atualizado a

O facto de alunos da Casa Pia de Lisboa serem consultados no posto médico de João Ferreira Diniz contribuiu para facilitar o seu envolvimento em práticas sexuais com pelo menos um deles, refere o acórdão. Especifica que, "em 1997, o arguido deu consultas no posto médico da Rua do Alecrim, em Lisboa, sendo aí levados os alunos da Casa Pia do Colégio de Santa Catarina, por se situar na área de intervenção".

O colectivo de juízes deu como provado que "nesse posto, durante o ano de 1997, Ferreira Diniz observou, pelos menos três vezes, o menor C.O., com dez anos, aluno interno na residência do Colégio de Santa Catarina. Durante, pelo menos, duas dessas consultas, o arguido disse a C.O. para despir as calças e as cuecas, que se deitasse na marquesa e manipulou-lhe o pénis, enquanto, simultaneamente, o menor mexia no pénis do arguido, a seu pedido, também até à ejaculação".

O documento acrescenta que, "após a prática de tais actos, o arguido Ferreira Diniz dava rebuçados ao menor".

O acórdão dá como provado outro episódio, "em Março ou Abril do ano 2000, em que o arguido Ferreira Diniz contactou o arguido Carlos Silvino, pedindo-lhe que levasse a sua casa um menor da Casa Pia, a fim de o sujeitar à prática de actos sexuais consigo".

O menor L.M., de 13 anos, foi a vítima escolhida para se sujeitar a práticas sexuais com o arguido, numa moradia localizada no Restelo. "Ferreira Diniz, que aguardava a chegada do menor, dirigiu-se ao mesmo e conduziu-o a um quarto da residência, onde manipulou o pénis de L.M. até este ejacular, tendo o menor também manipulado o pénis do arguido", lê-se no acórdão.

Segundo o documento, "o arguido sabia que o menor que sujeitou a coito oral e coito anal tinha idade inferior a 14 anos".

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt