Comporta, o refúgio fetiche dos famosos espanhóis em 2020
Empresária, designer de moda flamenca e conhecida sobretudo por ter sido a primeira mulher do toureiro Manuel Díaz, El Cordobés, Vicky Martín Berrocal mudou-se para Lisboa para viver com o namorado português, João Viegas Soares, ex-vice-presidente do Sporting, há pouco mais de um mês, e é com imagens da Comporta - cerca de 20 - que tem enchido a sua conta de Instagram nos últimos dias.
"Se te faz feliz aumenta a dose", escreve na legenda de uma foto com a típica casa da Comporta como cenário e o ar relaxado de quem está de férias.
Vicky Martín Berrocal trouxe a filha, Alba Díaz, famosa desde o berço e influencer por responsabilidade própria, que também deu a conhecer o lugar.
No fim de semana passado, foi Tamara Falcó, a filha de Isabel Preysler e do marquês de Griñon que este ano conseguiu estrelato em nome próprio graças à participação na versão espanhola de MasterChef, que passou alguns dias a Comporta. Com as celebridades vêm os elogios. É o que faz com que o El País lhe chame o esconderijo da moda dos famosos neste verão.
Esconderijo, mas não muito - a julgar pela quantidade de fotografias partilhadas nas redes sociais, que contrastam com a discrição de há um ano do ex-líder do partido espanhol Ciudadanos, Albert Rivera, e da namorada, a cantora Malu, e de outras celebridades que têm passado pela Comporta - Madonna, os designers Philiipe Starck e Christian Louboutin, Nicolas Sarkozy e Carla Bruni, a ex-modelo Inés de La Fressange e a sua amiga Carolina do Mónaco.
No El País, a Comporta é descrita como o centro de turismo mais exclusivo da Europa com o seu areal de 60 quilómetros. Chamam-lhe os Hamptons de Portugal, em alusão à zona de veraneio dos nova-iorquinos a duas horas da cidade, e paraíso ecochique, versão polida do "brincar aos pobrezinhos" de Cristina Espírito Santo, na época em que a Comporta ainda era sinónimo de Espírito Santo. Também nesse caso a discrição era ouro.
O jornal Expresso recupera uma citação da condessa e empresária italiana Noemi Marone Cinzano sobre a Comporta: "Viajei toda a vida e nunca tinha visto um lugar que ainda estivesse intacto." E que, por ter sido descoberto numa época de leis ambientais mais restritas, tem menos construção, mais privacidade e mais autenticidade. Para dar a medida da exclusividade, o El País nota que a estada diária num hotel pode chegar aos 500 euros e adruqirir uma casa de três quartos pode chegar aos 1,5 milhões de euros.
Depois da queda do Banco Espírito Santo, a Herdade da Comporta entrou no lote de ativos para venda. Após vários avanços e recuos, em novembro de 2019, a propriedade de 1380 hectares (entre área de desenvolvimento e floresta) foi adquirida por Paula Amorim e o grupo Vanguard, do empresário francês Claude Berda por 157,5 milhões de euros e prevendo um investimento de 1,5 mil milhões de euros, e, entre outras transformações, que seja retirado o acesso às praias de carro.
"Se o tempo nos põe a todos no nosso lugar... a mim que me deixe onde estou", escreve Vicky Martín Berrocal. Ninguém a vai contrariar.