Comissão Europeia espera ter três medicamentos contra a covid-19 aprovados até outubro

Stella Kyriakides salientou que "o vírus vai continuar" na comunidade e que essa circunstância exige da parte dos Estados-membros o desenvolvimento de "outras terapêuticas seguras" para os cidadãos europeus.
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A Comissão Europeia prevê ter três medicamentos "seguros e eficazes" para utilização contra a covid-19 aprovados até outubro, como complemento ao atual processo de vacinação, que pode vir a incluir reforços de dose nos próximos anos.

A revelação foi feita pela comissária europeia para a Saúde e Segurança dos Alimentos, Stella Kyriakides, na conferência de imprensa após a reunião informal dos ministros dos Estados-membros da União Europeia (UE) responsáveis pela Saúde, no âmbito da presidência portuguesa do Conselho da UE, em que defendeu que o combate à pandemia não se pode centrar somente nas vacinas e que é necessário assegurar mais respostas à infeção pelo SARS-CoV-2.

"O futuro a médio prazo e as próximas fases são também sobre como assegurar que aqueles que adoecem ou sofrem consequências a longo prazo da covid-19 podem ser tratados. E é por isso que lançámos a estratégia terapêutica para a covid-19, que vai desenvolver e autorizar três novos medicamentos eficazes e que podem mudar o rumo da doença por volta de outubro", afirmou.

Stella Kyriakides salientou que "o vírus vai continuar" na comunidade e que essa circunstância exige da parte dos Estados-membros o desenvolvimento de "outras terapêuticas seguras" para os cidadãos europeus.

Por outro lado, a responsável europeia assumiu que o reforço de compras de vacinas para os próximos anos, já consubstanciado no contrato assinado com a Pfizer/BioNtech para o fornecimento de 1,8 mil milhões de doses adicionais até 2023, reflete a possibilidade de virem a ser precisas doses subsequentes para manutenção da proteção contra o vírus.

"É verdade que num determinado ponto no futuro poderemos vir a precisar de reforços de dose de vacinas para prolongar a imunidade e de desenvolver vacinas que estejam adaptadas a novas variantes. E teremos de tê-las antecipadamente e em quantidades suficientes", notou, acrescentando: "Temos de estar preparados para estes desafios, mas, adicionalmente, temos também a estratégia terapêutica".

A comissária europeia para a Saúde e Segurança dos Alimentos enfatizou ainda a evolução positiva da situação epidemiológica na UE no último mês, com uma redução de 39% dos casos desde meados de abril, bem como a aceleração do processo de vacinação.

"40% da população adulta europeia já recebeu pelo menos uma dose de vacina e 17% está completamente vacinada. Mais de 20 milhões de vacinações estão a ocorrer todas as semanas na UE, face a algumas centenas de milhares por semana em janeiro. E este número vai continuar a subir à medida que a produção e a distribuição são aceleradas, pelo que podemos olhar para o futuro com mais confiança e ter um otimismo cauteloso para o verão", notou.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.419.488 mortos no mundo, resultantes de mais de 164,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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