A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vai subscrever 20 mil assinaturas em edições impressas ou online de oito órgãos de comunicação social \u2028- DN, JN, Público, Correio da Manhã, \u2028Expresso, Visão, Observador e A Bola - numa iniciativa de apoio à literacia e à imprensa. Em declarações ao DN, o provedor da SCML, Edmundo Martinho, lembra a importância de existir uma comunidade bem informada. Meios de comunicação social regionais também vão ser apoiados. DN vai entregar assinaturas a entidades indicadas pela União das Misericórdias.A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vai subscrever 20 mil assinaturas de meios impressos ou online de órgãos de comunicação social [onde se inclui o Global Media Group, de que faz parte o DN]. Que sinal pretende dar à sociedade? Um sinal inequívoco da importância do jornalismo e dos meios de comunicação social na vivência das sociedades democráticas, sobretudo em tempos excecionais como aqueles que vivemos, em que, mais do que nunca, os cidadãos devem estar dotados de toda a informação credível e validada, para poderem enfrentar, de forma esclarecida e eficaz, os enormes desafios que temos pela frente. O jornalismo é um bem essencial, uma necessidade e, por isso, através desta iniciativa, a Santa Casa espera também poder inspirar outras entidades e empresas para a importância da informação jornalística chegar a cada vez mais pessoas..Como vai ser a distribuição das assinaturas? Na parceria firmada com a Global Media, as assinaturas serão distribuídas pelo DN e JN, em parceria com a União das Misericórdias Portuguesas, que se articulará com as várias Misericórdias de todo o país, que, nesta altura tão difícil, têm estado na linha da frente na defesa dos mais vulneráveis, com um trabalho inexcedível e que deve ser reconhecido por todos..Esta aposta é também uma forma de promover a literacia num momento em que as pessoas podem estar mais afastadas dos órgãos de comunicação social escrita? A Santa Casa considera que a atribuição de assinaturas a novos leitores, que, porventura, de outra forma não teriam condições para subscrever, permite que as pessoas possam ganhar hábitos de leitura mediática e valorizarem a qualidade da informação jornalística. Uma comunidade bem informada estará, seguramente, muito mais bem preparada para fazer face aos desafios sociais que tem de superar..Esta decisão também é extensível à imprensa regional? A imprensa regional desempenha um papel fundamental junto de uma grande parte da população no nosso país, sendo que muitas vezes é através destes meios que os cidadãos são informados sobre o que se vai passando nas suas comunidades. Os jornais regionais acabam também por ter uma função social, que deve ser preservada, sobretudo numa altura tão difícil como aquela que vivemos, e, por isso, a Santa Casa compromete-se a reforçar o investimento publicitário dos Jogos Santa Casa nestes meios de comunicação social ao longo deste ano..A vossa aposta nesta subscrição e distribuição de assinaturas é também uma forma de chamar a atenção para a necessidade de haver um acesso a informação credível numa altura em que proliferam as fake news? A desinformação pode ser causadora de grandes males para a sociedade e, infelizmente, tende a propagar-se nos momentos de maior crise - um tema, aliás, ao qual o DN tem dado grande atenção. Por isso, esta iniciativa da Santa Casa também surge nesta altura, para reforçar a importância da informação jornalística e ajudar a criar hábitos de leitura de fontes credíveis..Perante o atual cenário de dificuldades que as pessoas enfrentam devido à pandemia da covid-19, têm aumentado os pedidos de apoio à Santa Casa nas suas várias vertentes sociais? No âmbito desta pandemia, a Santa Casa reforçou toda a sua intervenção diária em termos de apoio social, estando em curso uma operação de grande dimensão para dar resposta aos desafios que têm sido colocados à Misericórdia de Lisboa, muitos deles relacionados com populações mais vulneráveis, e daí também a importância de as pessoas terem acesso à melhor informação possível, como forma de as tranquilizar e esclarecê-las nesta altura de tantas dúvidas e receios.