A China aprovou este sábado a utilização em determinadas condições do medicamento anticovid do grupo norte-americano Pfizer, indicou a Administração dos produtos médicos chinesa..Comercializado sob o nome Paxlovid, este antiviral oral vai ser usado para tratar doentes em risco de desenvolver uma forma grave de covid-19, acrescentou, em comunicado publicado no site do regulador chinês..A Pfizer também tem de continuar os estudos sobre o medicamento e apresentar os resultados, adiantou..O Paxlovid, já autorizado nos Estados Unidos e em outros países, reduz o risco de hospitalização ou morte em cerca de 90%, quando comparado com um placebo usado em doentes de alto risco, nos primeiros cinco dias depois de surgirem sintomas..Em janeiro, a farmacêutica Pfizer garantiu que os estudos realizados em laboratório para este tratamento demonstraram que o Paxlovid é também eficaz contra a variante Ómicron do vírus SARS-CoV-2..A decisão surgiu quando decorrem os Jogos Olímpicos de Inverno Pequim2022 e o país, que não autorizou até agora qualquer vacina estrangeira contra a covid-19, regista alguns pequenos focos esporádicos de contaminação..A China aplica, desde o início da pandemia, uma estratégia de "zero casos covid", que consiste em limitar a ocorrência de novos casos, geralmente de apenas algumas dezenas por dia. Nas últimas 24 horas, as autoridades sanitárias chinesas detetaram 40 casos locais da doença..Todos os participantes estrangeiros nos Jogos, a decorrer até dia 20 deste mês, são mantidos numa 'bolha sanitária', evitando contactos com a população local. Esta bolha vai ser prolongada até aos Jogos Paralímpicos de Inverno, entre 04 e 13 de março..Aos não vacinados, foi exigida uma quarentena de 21 dias à chegada a Pequim..A covid-19 provocou pelo menos 5,78 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse..A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China..A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante do mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.