"Avó nazi" que negou Holocausto vai cumprir pena até ao fim
Um tribunal alemão decidiu hoje que uma escritora e ativista neonazi de 91 anos, que cumpre uma sentença de dois anos por negar o Holocausto, não será libertada antes do fim da pena.
Ursula Haverbeck foi condenada por incitação ao crime, por um tribunal da cidade de Verden, no norte do Alemanha, em 2017, tendo começado a cumprir a pena no ano passado.
Haverbeck afirmou repetidamente que o campo de extermínio de Auschwitz era apenas um campo de trabalho e já tinha sido condenada judicialmente, várias vezes, por negar o Holocausto.
Devido a sucessivos recursos, os advogados de Haverbeck tinham conseguido que a escritora e ativista neonazi evitasse a prisão, até que em 2018, o Supremo Tribunal determinou que ela devia cumprir uma pena por incitação ao crime.
Apesar de ser comum na Alemanha que as pessoas sejam libertadas após cumprir dois terços da sentença, o tribunal estadual de Bielefeld, onde a ativista está detida, disse hoje que decidiu não autorizar a libertação de Haverbeck em janeiro próximo, sem apresentar justificações.
Ursula Haverbeck deve, assim, cumprir a totalidade da pena, que terminará em novembro do próximo ano.
A escritora e ativista é simpatizante de movimentos neonazis e foi fundadora e diretora da organização de extrema-direita Federação Imperial de Nação e Pátria.