A noite de Conan Osíris e mais 16 é hoje
Telemóveis luta esta noite, a partir das 20.00, para ser uma das 10 apuradas para a final. Em palco, em Telavive (Israel), Conan Osíris canta quase no fim da gala para tentar levar Portugal à final de sábado, dia 18 de maio. Os ensaios não têm corrido muito bem a Conan e João Moreira (o bailarino que está em palco com o cantor) e há vários apelos para que mude de roupa ou mesmo a performance em palco. Nas apostas, Portugal caiu para 19.º lugar depois de ter estado no top 10. Nas apostas da semifinal, as coisas também não parecem famosas: está em 12.º lugar, quando passam apenas 10 à final.
Mas as apostas não são votos - embora sejam um bom indicador dos favoritos do público - e esses só são feitos esta noite. Com exceção da votação do júri que já aconteceu ontem, segunda-feira, durante o espetáculo para o júri ou segundo ensaio com o guarda-roupa. No Instagram do cantor português muitos têm sido os apelos para que este mude a roupa ou a performance em palco. Pedem algo mais parecido com a atuação no Festival da Canção.
Conan Osíris nunca se pronunciou sobre as sugestões, mas também tem recebido elogios e palavras de apoio. Esta noite será o 15º a entrar em palco. Ou seja, será o penúltimo a atuar.
Mas antes disso toda uma gala terá já decorrido. Os anfitriões serão quatro - dois homens e duas mulheres - e ainda vão passar pelo palco Netta, a vencedora no ano passado em Lisboa, e Dana Internacional, a vencedora em 1998.
Os apresentadores das semifinais e da final são Bar Refaeli, Erez Tal, Assi Azar e Lucy Ayoub. Os quatro vão conduzir as emoções do concurso europeu da canção, que este ano tem como mote "Dare to Dream".
A abrir o espetáculo, o regresso de Netta que vai cantar uma nova versão de Toy e vai estar acompanhada em palco por dezenas de Nettas (bailarinos vestidos como a cantora na final de Lisboa). Antes disso, um vídeo de uma Netta com 5 anos e peso a mais que ouve e dança ao som da vitória de Dana Internacional na Eurovisão de 1998. É audível o apoio dos pais. Está lançada a ideia que dá o mote a esta edição e que Netta sublinhou no ano passado em Lisboa: "Ousem sonhar, os sonhos podem tornar-se realidade".
No intervalo chega Dana Internacional com uma versão da música de Bruno Mars Just The Way You Are. No ecrã gigante vão ser transmitidas imagens da arena, numa espécie de kiss camera à americana.
Extra concurso, ainda se vai ouvir um minuto das já pré-qualificadas para a final Israel, França e Espanha. São os chamados big five - França, Espanha, Itália, Reino Unido e Alemanha - e o vencedor da edição anterior, neste caso Israel.
Chipre: Tamta com Replay
Depois do segundo lugar no ano passado, o Chipre tenta agora vencer com Tamta. Depois da vitória de Portugal, em 2017, agora é o Chipre que detém o recorde de maior número de participações sem ganhar o concurso. Tamta nasceu na Georgia e mudou-se aos 22 anos para a Grécia. Participou no Greek Idol e é muitas vezes apelidada de Cinderela moderna. Já gravou quatro álbuns com os quais venceu diversos prémios.
Montenegro: D mol com Heaven
A primeira participação de Montenegro aconteceu em 2007. Este ano o grupo D mol, formado na escola de música de Daniel Alibabic, participante no Eurofestival em 2005. Os seis jovens cantores tentam agora levar Montenegro até à final, o que s´ aconteceu em 2014 e 2015.
Finlândia: Darude feat. Sebastian Rejman com Look Away
A Finlândia procura a segunda vitória na competição. Este ano, juntando a música transe de Darude, o aclamado DJ finlandês, com o cantor Sebastian Rejman.
Polónia: Tulia com Fire of Love (Pali się)
Apesar de ser um evento muito acarinhado na Polónia, o país nunca ganhou a competição, desde a sua estreia em 1994. Este ano, Tulia envergam trajes tradicionais e tentam cativar o público com a sua abordagem única. A banda conheceu o estrelato, quando em outubro 2017, os Depeche Mode publicaram na sua página oficial uma versão de Enjoy the Silence feita pelas mulheres de Szczecin.
Eslovénia: Zala Kralj & Gašper Šantl com Sebi
O primeiro dueto da noite é esloveno. Os dois juntaram-se em 2017, depois de se terem conhecido no Instagram. Gašper viu em Zala a voz ideal para a sua nova música. Lançaram já quatro músicas em conjunto e estão agora na aventura da Eurovisão.
República Checa: Lake Malawi com Friend Of A Friend
Depois de oito participações na Eurovisão, a República Checa faz-se representar este ano com os Lake Malawi. Uma banda indie-pop criada em 2013. A banda tem intenções de uma carreira internacional e por isso aposta num reportório em inglês.
Hungria: Joci Pápa com Az Én Apám
A Hungria decide repetir o seu representante. Joci Pápa esteve pela primeira vez na Eurovisão em 2017. Filho de um líder de uma orquestra cigana, Joci decidiu homenagear o pai nesta participação em Telavive. A música chama-se mesmo O meu pai (em português).
Bielorrússia: ZENA com Like It
Apesar de a Bielorrússia nunca ter vencido a Eurovisão, é o berço de um vencedor. Alexander Rybak que venceu o concurso pela Noruega e voltou a representar esta país no ano passado em Lisboa, é na verdade bielorrusso. Mas a representante da Bielorrússia é ZENA, uma artista que também não é nova nestas andanças. Já foi finalista, em 2015, e terceira, em 2016, no Eurovisão Júnior.
Sérvia: Nevena Božović com Kruna
A Sérvia venceu o concurso logo no seu ano de estreia - em 2007. Desde então procura repetir o feito. Este ano, a esperança sérvia é Nevena Božović, que já esteve no palco da Eurovisão em 2013, como elemento da banda Moje 3. Antes disso, esteve na versão júnior do concurso, em 2007.
Bélgica: Eliot com Wake Up
Um dos países fundadores da Eurovisão, a Bélgica apenas venceu em 1987. Para Telavive, a Bélgica conta com a experiência do compositor que levou o país ao quatro lugar em 2017, Pierre Dumoulin, e o jovem Eliot, vencedor do concurso The Voice.
Geórgia: Oto Nemsadze com Keep On Going
Mais um vencedor de talent shows chega ao palco da Eurovisão. Oto Nemsadze conquistou o primeiro lugar do concurso Geostar em 2010. Ficou em segundo lugar no The Voice Ucrânia e este ano venceu o Georgian Idol. Esta noite tenta levar o seu país à final.
Austrália: Kate Miller-Heidke com Zero Gravity
O país que começou por ser convidado, em 2015, entra agora na competição, com a garantia que se vencer terá de organizar a competição num país europeu. Para tentar este feito, a Austrália confia numa cantora de renome. Kate Miller-Heidke tem já vários álbuns editados e espera que o seu estilo que cruza a pop contemporânea com o folk e a ópera agrade à maioria dos votantes.
Islândia: Hatari com Hatrið mun sigra
A Islândia promete surpreender com a performance em palco. Hatari são uma banda premiada, anti-capitalista, BDSM, e techno-distópica. Definindo-se como um projeto político, Hatari admitem: "Não podemos mudar as coisas, mas podemos desvendar a anomia da sociedade neoliberal, a inutilidade de cada minuto gasto na corrida fútil e o baixo preço pelo qual o homem se vende a si próprio cada vez de forma mais descarada."
Estónia: Victor Crone com Storm
A Estónia vai ser presentada por um cantor sueco. Victor Crone nasceu numa família de músicos e entrou, em 2015, na competição nacional para a Eurovisão. No ano seguinte, conheceu Stig Rästa, um dos autores da música que vai cantar esta noite pela Estónia.
Portugal: Conan Osiris com Telemóveis
A vitória de Salvador Sobral em 2017 livrou Portugal do recorde do maior número de participações sem vencer a Eurovisão. Este ano, Conan Osíris surpreendeu os fãs internacionais do concurso com a sua performance de Telemóveis. O entusiasmo inicial parece ter-se esvanecido, mas hoje é a primeira noite a sério na Eurovisão e tudo pode acontecer. Para já, Portugal, que até partiu como um dos favoritos à vitória, procura um lugar na final.
Grécia: Katerine Duska com Better Love
Com uma vitória no concurso, em 2006, a Grécia apresenta em Israel Katerine Duska, cuja voz e estilo já lhe valeram comparações com Amy Whinehouse.
San Marino: Serhat com Say Na Na Na
Serhat é um repetente nas andanças eurovisivas. Cantor, compositor e produtor experiente, tem também uma carreira como apresentador e produtor televisivo além de diploma de dentista. Este na Eurovisão pela primeira vez em 2016.