Covid-19 em Portugal. 72% dos novos casos na Grande Lisboa, 20% no Norte
Em Portugal, nas últimas 24 horas, morreram mais nove pessoas e foram confirmados mais 287 casos de covid-19 (um crescimento de 0,7% em relação ao dia anterior). Segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta terça-feira (7 de julho), no total, desde que a pandemia começou registaram-se 44416 infetados, 29445 recuperados (mais 279) e 1629 vítimas mortais no país.
Há, neste momento, 13 342 doentes portugueses ativos a ser acompanhados pelas autoridades de saúde. Menos um do que esta segunda-feira.
207 dos 287 novos infetados (72%) têm residência na região de Lisboa e Vale do Tejo. Os restantes distribuem-se pelo Norte (mais 57 - 20%), pelo Centro (mais 16), pelo Alentejo (cinco) e pela Madeira (dois). Açores e Algarve não registam nenhuma alteração na sua situação epidemiológica.
A localização dos novos casos por região é a análise mais profunda possível de fazer a nível geográfico a partir do documento da DGS desta terça-feira, uma vez que o relatório de situação "não inclui a atualização da imputação de casos aos concelhos", informa a própria DGS.
"A DGS está a realizar a verificação de todos os dados com as autoridades locais e regionais de saúde que ficará concluída durante os próximos dias", acrescentam no boletim.
Na origem do atraso está a confirmação de 200 casos em simultâneo de um laboratório privado que esteve três dias sem notificar. Se a nível nacional isto implica apenas aumentar as duas centenas de infetados, a nível municipal é preciso mais tempo para os distribuir pelos locais exatos de residência, para além de haver "mais fontes a reportar", como hospitais ou centros de saúde, segundo explicou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, esta segunda-feira, em conferência de imprensa. Também o quadro que mostra os infetados por idade está temporariamente congelado pelo mesmo motivo.
Dos nove óbitos registados nas últimas 24 horas, seis viviam na Grande Lisboa, dois no Alentejo e um no Norte. As duas vítimas mortais alentejanas estarão relacionadas com o surto num lar em Reguengos de Monsaraz e são duas utentes de 88 e 94 anos, segundo informação prestada pela Câmara Municipal. As duas idosas encontravam-se internadas no Hospital do Espírito Santo de Évora.
As outras sete mortes dizem todas respeito a pessoas com mais de 70 anos. Nomeadamente, dois homens e duas mulheres entre os 70 e os 79 anos e três homens com mais de 80 anos.
A taxa de letalidade global do país é agora de 3,7%.
Quanto aos internamentos, estão hoje hospitalizados 511 doentes (menos dois que no dia anterior). Nos cuidados intensivos encontram-se 76 pessoas com covid-19 (mais duas).
O boletim da DGS indica ainda que aguardam resultados laboratoriais 1308 pessoas e estão em vigilância pelas autoridades de saúde mais de 33 mil. O sintoma mais comum entre os infetados é a tosse (que afeta 36% dos doentes), seguida da febre (28%) e de dores musculares (21%).
Os estudos ainda decorrem e provavelmente só daqui a alguns anos se terá mais certezas sobre as sequelas da covid-19 nos humanos. Mas os médicos e especialistas estão cada vez mais convencidos de que os efeitos da SARS-CoV-2 não são apenas sentidos a médio e longo prazo pelos doentes mais graves.
Mesmo os que tiveram sintomas ligeiros ou foram mesmo assintomáticos podem vir a ter sequelas na sua saúde, como já indicam alguns estudos e análises. Fadiga, insónias e ansiedade são efeitos que infetados, que não precisaram de internamento hospitalar intensivo, podem sofrer, entre outros, até mais graves, que o curto tempo de existência do vírus ainda não permitiu ainda descobrir.
O novo coronavírus já infetou mais de 11,7 milhões de pessoas no mundo inteiro até esta terça-feira e provocou 541 242 mortes, segundo dados oficiais. Há agora 6,7 milhões de recuperados.
No total, os Estados Unidos da América são o país com a maior concentração de casos (3 041 129) e de mortes (132 993). Em termos de número de infetados, seguem-se o Brasil (1 626 071), a Índia (721 310) e a Rússia (694 230). Portugal surge em 39.º lugar nesta tabela.
Quanto aos óbitos no mundo, depois dos Estados Unidos, o Brasil é a nação com mais mortes declaradas (65 556). Seguem-se o Reino Unido (44 236) e a Itália (34 869).