O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar vai solicitar um inquérito para apurar as causas que impediram a mobilização da viatura de emergência médica do Hospital de Santa Maria para o acidente com o elevador da Glória, em Lisboa. Uma decisão que surge depois de o Expresso ter noticiado na quinta-feira, 16 de outubro, que essa viatura ficou trancada por dentro e, por isso, falhou o socorro ao descarrilamento, no qual morreram 16 pessoas, a 3 de setembro.De acordo om a infornação avançada pelo semanário, a VMER - Viatura Médica de Emergência e Reanimação, que dispõe de médico e enfermeiro a bordo - sediada no Hospital de Santa Maria estava trancada por dentro e a chave de substituição estava no Algarve, o que inviabilizou a sua utilização no socorro à tragédia.“Solicitaremos de imediato ao presidente do INEM um inquérito para apurar as circunstâncias do sucedido”, adiantou esta sexta-feira o presidente do sindicato à Lusa.“É inaceitável que um meio de emergência médica não acorra a uma emergência por inacessibilidade à chave da viatura”, salientou o presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH).Rui Lázaro adiantou que importa apurar se foi uma “avaria ou negligência que levou a que a viatura ficasse trancada com a chave lá dentro”, mas também as razões de a chave suplente “não ter acompanhado a viatura para a base onde foi servir”.“A inexistência de procedimentos que visem impedir casos como este é negligenciar a resposta aos cidadãos, o que não podemos admitir”, realçou o dirigente sindical.O descarrilamento do elevador da Glória, sob gestão da Carris, provocou 16 mortos e cerca de duas dezenas de feridos, entre portugueses e estrangeiros de várias nacionalidades. .Elevador da Glória: Câmara diz que seguradoras chegam para ajudar familiares das vítimas.Como era Lisboa quando chegaram os ascensores? E qual o futuro após a tragédia no Elevador da Glória?