Carlos Moedas prometeu um fundo de emergência destinado para os familiares das vítimas do Elevador da Glória, mas a Câmara Municipal não tem a intenção de usá-lo. Filipe Anacoreta Correia, vice-presidente na última participação pública como tal, disse acreditar que as seguradoras garantirão a ajuda necessária. “Não devemos poupar dinheiro às seguradoras. Era o que faltava, é o dever delas corresponderem a essas necessidades”, advogou aos jornalistas no final da terceira reunião extraordinária da Câmara de Lisboa para aferir novidades quanto à tragédia que vitimou 16 pessoas.Filipe Anacoreta Correia entende que “o fundo é para fazer face a despesas das pessoas que foram vitimadas pelo acidente” e realça que o “que foi dito de uma forma inequívoca por parte do presidente da Câmara, e também pela minha parte, é que há disponibilidade total para constituir o fundo para despesas que sejam necessárias.” Apesar de vincar a disponibilidade, acredita que não será necessário, porque “a Carris tem contratualizado, porque pagou para isso, uma cobertura até 50 milhões de euros”, considerando esta reserva uma “cobertura ampla”, o que lhe permite garantir que “todas as despesas das pessoas estão asseguradas” e que se desenham já “possibilidades de acordo.”A reunião pós-eleitoral não teve dados novos sobre o Elevador da Glória. Carlos Moedas esteve presente, mas não falou aos jornalistas. O PS, através do vereador Pedro Anastácio, pediu “garantias de compromisso total de apoio às vítimas”, lembrou que “o fundo não avançou, não sendo negada a vontade de o implementar”. Realçou que tem sido dito que “a seguradora tem assumido o pagamento de todas as despesas.”Pela informação que o DN pôde recolher junto da Câmara Municipal, tem sido dada toda a ajuda necessária, tanto viagens como funerais já foram assegurados pela seguradora e há um trabalho ativo para procurar resolver procedimentos e possíveis reivindicações financeiras. No entanto, também se assumiu ao DN que houve alguma morosidade e dificuldade em ter os contactos de familiares das vítimas, especialmente os estrangeiros, a larga maioria. Tal terá originado queixas dos cidadãos. Garantem ao nosso jornal que, a partir do momento em que foi efetivado o contacto, as seguradoras começaram a ajudar os familiares. Recorde-se que a RTP noticiou que as vítimas não tinham sido contactadas por Moedas..Como era Lisboa quando chegaram os ascensores? E qual o futuro após a tragédia no Elevador da Glória?