Tribunal atribui estatuto de maior acompanhado a Ricardo Salgado

O Tribunal Cível de Cascais decidiu atribuir a Ricardo Salgado o estatuto de maior acompanhado, tendo designado a mulher como cuidadora, avança a SIC Notícias.

O tribunal evoca as limitações cognitivas decorrentes da doença de Alzheimer para esta decisão, tendo fixado o dia 1 de janeiro de 2019 como aquele em que a incapacidade passou a justificar a aplicação das medidas.

De acordo com a sentença, datada de 8 de julho e citada pela Lusa, o ex-banqueiro está "totalmente dependente nas atividades básicas ou instrumentais da vida diária e bem assim, de gerir os seus bens e a sua pessoa, carecendo do auxílio de terceiros para o efeito".

“Não sabe por vezes dizer o seu nome, nem o de familiares diretos. Não consegue descrever o que faz durante o dia e, por vezes, não consegue expressar qualquer necessidade básica, como fome, frio ou calor. Encontra-se desorientado espacialmente, não sabendo indicar onde vive (…), nem andar sozinho na rua. Não tem capacidade para gerir os seus rendimentos no dia a dia, nem de entender o conteúdo de documentos, ainda que explicados”, cita, por sua vez, a SIC Notícias.

O acompanhamento de Ricardo Salgado, de 81 anos e doente de Alzheimer, foi requerido pelo Ministério Público, tendo o antigo presidente do Banco Espírito Santo (BES) sido representado no processo por um advogado oficioso.

(Em atualização)