SSI indica que sistemas de controlo fronteiriço nos aeroportos precisam de tempo de adaptação
Igor Martins / Global Imagens

SSI indica que sistemas de controlo fronteiriço nos aeroportos precisam de tempo de adaptação

Novos sistemas de controlo de fronteira estão a fazer com que passageiros oriundos de países de fora do Espaço Schengen esperem várias horas pelo controlo de imigração.
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O Sistema de Segurança Interna (SSI) indicou esta sexta-feira, 20 de junho, que os sistemas de controlo de fronteiras instalados há um mês nos aeroportos necessitam de “um período de adaptação” devido à complexidade, apesar da operação estar a decorrer como o previsto.

Há cerca de um mês foram instalados nos aeroportos portugueses novos sistemas de controlo de fronteiras, o que está a fazer com que passageiros oriundos de países de fora do Espaço Schengen esperem várias horas pelo controlo de imigração, como ainda aconteceu esta semana.

Algumas companhias aéreas, como é o caso da Easyjet, estão a alertar os passageiros fora do Espaço Schengen para as possíveis filas e atrasos no controlo de fronteira nos aeroportos portugueses.

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Fonte oficial da PSP, polícia que controla as fronteiras nos aeroportos, disse à Lusa que as filas não estão relacionadas com a falta de recursos humanos, mas sim porque o sistema está lento.

Numa resposta enviada à Lusa, o Sistema de Segurança Interna (SSI), que integra a Unidade de Coordenação de Fronteiras e Estrangeiros, estrutura criada no SSI depois da extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, refere que o aumento de filas no controlo de passaportes deve-se ao “crescimento do número de passageiros, entre 10% e 15%, dependendo dos aeroportos, aumento do número de voos e a sua concentração em determinados períodos do dia e à maior exigência nos controlos obrigatórios definidos por regulamentos europeus”.

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O SSI sublinha que, com estes novos sistemas, “o controlo fronteiriço passou a incluir um número acrescido de verificações de segurança e consultas a bases de dados internacionais, impostos pelos regulamentos, o que significa “mais segurança e tecnologia e, naturalmente, a necessidade de um período de adaptação, tanto dos próprios sistemas, como dos profissionais no terreno”.

“Os sistemas estão a funcionar e, apesar da complexidade, a operação decorre como previsto. Importa referir que, estamos na altura de maior afluência de passageiros, o que podemos assegurar é que todas a entidades envolvidas estão a trabalhar diariamente em estreita colaboração, para garantir a melhor experiência de viagem possível”, precisa o SSI.

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Questionado sobre os motivos dos sistemas estarem lentos e quando o problema será resolvido, o SSI respondeu: “Com base na monitorização em curso, foram entretanto implementadas diversas ações para melhorar o serviço, com o reforço da capacidade de rede, a instalação de novos equipamentos de comunicação, colocação em funcionamento de mais equipamentos automáticos de controlo de passageiros (Rapids) para os Aeroportos de Lisboa, Faro, Porto, Funchal, Ponta Delgada, Porto Santo e Lages, bem como formação contínua dos guardas de fronteira”.

O Sistema de Segurança Interna garante que, “em colaboração com todas as entidades e empresas parcerias envolvidas, acompanha ao minuto a situação em todos os aeroportos nacionais” e atua de "imediato para solucionar todas as situações de forma a minimizar o impacto causado aos viajantes”.

“A prioridade é garantir que o processo de adaptação aos novos sistemas se realize da forma mais eficaz, com o menor impacto possível”, refere ainda o SSI.

Os sistemas em causa são o ‘VIS4’ (Sistema Europeu de Informação sobre Vistos), o ‘PASSE+’ (Sistema Nacional de Controlo de Fronteiras Aéreas e Terrestres) e o Portal das Fronteiras.

Recentemente, a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) alertou para o quadro de exaustão dos profissionais afetos à Unidade de Estrangeiros e Fronteiras devido a várias situações que se vivem nos aeroportos, tendo chamado a atenção que com a proximidade do verão são necessárias diligências para “ultrapassar os obstáculos e mitigar os danos junto dos cidadãos, mas principalmente junto dos profissionais da PSP”.

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