Armando Ferreira, do SINAPOL
Armando Ferreira, do SINAPOLFOTO: MIGUEL A. LOPES/LUSA

Sindicato Nacional da Polícia abandona reunião com o Governo por se considerar humilhado

Presidente do sindicato queixa-se de os sindicatos de oficiais e chefes terem tido a "primazia de se sentar em frente ao secretário de Estado e de falar primeiro que os outros todos".
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O Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL) abandonou a reunião desta sexta-feira, 12 de dezembro, entre Governo e sindicatos das polícias, em protesto pelo que entendeu ser um tratamento desigual.

"O SINAPOL tomou palavra, apresentou o que tinha para apresentar, mas apresentou um protesto porque não pode aceitar que estes membros do governo achem que estamos num regime de castas, em que os sindicatos de oficiais e chefes têm a primazia de se sentar em frente ao secretário de Estado e de falar primeiro que os outros todos. O SINAPOL representa mais sócios do que aqueles sindicatos juntos. Não posso estar numa sala e recusei-me a sentar na mesa - estive atrás e não fiz parte da mesa - porque não posso aceitar que um governo trate os sindicatos com favorecimento de um lado e humilhação do outro. O SINAPOL é um sindicato que representa agentes, agentes principais, chefes, chefes principais, comissários, subcomissários, intendentes, superintendentes, superintendentes-chefes, não pode ser o último a falar", afirmou o presidente do sindical, Armando Ferreira, à porta do Ministério da Administração Interna.

"A forma como o governo tem abordado estas reuniões foi precisamente o que levou a que na semana passada apresentássemos um pedido de demissão ao primeiro-ministro, que afaste esta tutela. Não tive resposta nem estou à espera que me deem resposta. O SINAPOL representa profissionais de polícia e não pode aceitar que esses profissionais sejam humilhados e desonrados por quem quer que seja", prosseguiu o dirigente, que não descarta ações de protesto em breve.

A reunião com o Governo prosseguiu sem o Sindicato Nacional da Polícia.

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