O antigo primeiro-ministro, e principal arguido na Operação Marquês, José Sócrates, veio este domingo, 7 de dezembro, esclarecer mais pormenores relativos às suas deslocações aos Emirados Árabes Unidos.O esclarecimento surge após o Correio da Manhã ter noticiado que o antigo governante gastou, nas duas deslocações, "metade da pensão vitalícia anual" a que tem direito por ser ex-político.Numa nota enviada às redações, José Sócrates diz que a notícia não é do jornal, mas sim "do Ministério Público que prossegue a campanha encoberta" contra si. "Primeiro foi a duração das viagens; agora, o custo delas. Não acertam em nenhuma – já esclareci que as viagens foram feitas em períodos separados inferiores a cinco dias; vejo-me agora forçado a esclarecer que foram pagas pelas entidades que me convidaram a título profissional". E "não sendo uma personalidade política", Sócrates defende não dever explicações "a ninguém", a não ser para se "defender de maldosas campanhas mediáticas".Estas viagens do antigo primeiro-ministro têm suscitado polémica nos últimos dias, uma vez que o Ministério Público temeu a possiblidade de Sócrates estar a planear fugir à justiça, tendo ficado a dúvida se se teria ausentado do país por mais de cinco dias sem aviso prévio ao tribunal. Isto podia levar a um pedido para que as medidas de coação fossem agravadas. No entanto, tal como fez este domingo, o principal arguido do caso Marquês veio a público esclarecer que as viagens foram feitas em períodos distintos e sem exceder os cinco dias de ausência..Sócrates mostra bilhetes de avião para provar que viagens não duraram mais de 5 dias. "O Ministério Público não tem medo do ridículo" .MP questiona viagem de Sócrates aos Emirados Árabes Unidos e admite haver plano de fuga. Ex-PM nega