Protestos do Capitólio: Vereação força Moedas a fazer queixa de polícias ao MP
“Perante o cerco ao Capitólio, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa capitulou. Como de resto já se tinha verificado num cerco à sede nacional do Partido Socialista, convocado pela extrema direita, e que decorreu a 13 de maio de 2023. O Estado Democrático de Direito respeita-se exercendo-se as competências cometidas e fazendo-se cumprir a lei”, lia-se numa nota enviada às redações, na qual os eleitos pelo PS em Lisboa explicavam a importância de a Câmara liderada por Carlos Moedas participar ao Ministério Público (MP) os incidentes ocorridos durante a manifestação de forças de segurança desta segunda-feira.
A moção para levar Moedas a participar o ocorrido ao MP foi votada esta quarta-feira e aprovada com os votos favoráveis do PS, do movimento Cidadãos por Lisboa, do PCP, do BE e do Livre, apesar dos votos contra a coligação Novos Tempos, que junta PSD e CDS.
Na moção explicava-se que a autarquia liderada por Moedas é “a única entidade administrativa com competência própria neste âmbito”, por ser aquela à qual as organizações de manifestações são obrigadas por lei a comunicar os trajetos.
“Impõe-se que o presidente da Câmara Municipal confirme que não lhe foi comunicado o desfile que culminou, ao arrepio da lei, com o cerco ao Capitólio, e na tentativa de intimidação e condicionamento de decisores políticos”, diz o texto agora aprovado, que lembra que Moedas optou por não fazer uma participação às autoridades “ao contrário da direção nacional da PSP, que imediatamente declarou pretender comunicar ao Ministério Público toda a factualidade”.