Plano é ter todas as pessoas com mais de 65 anos vacinadas com dose de reforço até 19 de dezembro

A partir de segunda-feira começa a vacinação da dose de reforço aos profissionais de saúde e na semana de 22 a 27 de novembro inicia-se a administração da terceira dose da covid-19 aos bombeiros e profissionais do setor social.
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Carlos Penha-Gonçalves, o coronel que está a coordenar o Núcleo de Coordenação do Plano de vacinação contra a covid-19, afirmou, esta sexta-feira, que se pretende vacinar com a dose de reforço todas as pessoas a partir dos 65 anos até 19 de dezembro.

"Estamos a pedir às pessoas que têm mais de 80 anos que se dirijam aos centros de vacinação. Não precisam de marcação, não precisam de SMS, vão ao centro de vacinação mais próximo", disse, referindo-se à modalidade "casa aberta", que está disponível este fim de semana. O apelo do coronel foi feito em conferência de imprensa no Ministério da Saúde, ao lado do secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, e a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

O militar pediu desculpas pelos constrangimentos e filas de espera que podem ocorrer nos centros de vacinação e apelou à paciência dos portugueses. Pediu ainda aos cidadãos elegíveis que adiram ao processo de vacinação para que haja "um período de Natal mais seguro para todos".

O secretário de Estado destacou o facto de os maiores de 80 anos poderem ser vacinados em regime de "casa aberta" este fim de semana nos centros de vacinação, tendo também antecipado que "poderá haver alguns constrangimentos e algum tempo de espera". "Mas tudo faremos para que ninguém fique por vacinar", disse.

Referiu que muitas juntas de freguesia estão a organizar transporte para a população que vive em zonas mais isoladas, aconselhando as pessoas a entrar em contacto com as juntas de freguesia.

"Na semana 22 e 27 de novembro vamos iniciar a vacinação do setor social e dos bombeiros envolvidos no transporte de doentes", anunciou Lacerda Sales aos jornalistas. Antes, na próxima segunda-feira, são os profissionais de saúde que vão receber a dose de reforço contra a covid-19.

"Temos de cuidar ou de continuar a cuidar de quem cuida de nós", sublinhou o governante.

O governante fez saber que vai ser lançada uma campanha este fim de semana para apelar ao esforço coletivo de vacinação.

Lacerda Sales disse que nenhum dos profissionais de saúde alocados aos centros de vacinação foi desviado, tendo sido dada instrução às Administrações Regionais de Saúde para que fossem contratados todos os profissionais "que forem necessários".

Lacerda Sales revelou que "já foram administradas um milhão de vacinas contra a gripe e mais de 450 mil doses de reforço para a covid-19".

Afirmou que se trata de "um marco assinalável", mas há ainda "caminho a percorrer para proteger a população mais vulnerável".

Destacando o sucesso do processo de vacinação, António Sales afirmou que estão a fazer "todos os esforços para chegar a todos e não deixar ninguém para trás".

Advertiu que "a pandemia não acabou", defendendo que é preciso continuar a ter "uma atitude preventiva perante o desafio de novas variantes, o aumento de casos na Europa e também a imprevisibilidade neste processo".

"As duas doses foram essenciais para darmos um passo em frente no regresso à normalidade. Esta terceira dose, bem como a vacinação contra a gripe sazonal, é crucial para evitarmos darmos um passo atrás", destacou Lacerda Sales.

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse que nos próximos dias vai estar atualizada a norma sobre a vacinação das pessoas recuperadas da doença.

Questionado sobre um possível aumento de doentes covid-19 nas unidades de saúde, o secretário de Estado salientou que o "SNS já provou a sua capacidade de resposta", como aconteceu em janeiro, altura em que havia um elevado número de infetados internados. António Lacerda Sales afirmou que já foram pedidos os planos de contingência de todos os hospitais e as escalas de urgência internas. "Planificamos ao nível dos sistemas de saúde para podermos estar preparados para um eventual crescimento de casos", disse.

Já em relação à adesão da vacinação, Graça Freitas diz que é diferente em cada etapa e que há um processo de adaptação.

"A pandemia não acabou. Há um aumento da atividade viral em todo o mundo e na Europa", disse a diretora-geral da Saúde, referindo que não há mais infetados em Portugal devido ao elevado nível de vacinação.

Sobre a vacinação dos mais jovens, há uma comissão técnica que está a avaliar a situação, recorda Graça Freitas. "A nossa prioridade para agora é vacinar as pessoas com mais de 65 anos, contra a covid-19 e a gripe sazonal, que pode ser grave, pode conduzir à morte", sublinhou.

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