Presidente do Amadora-Sintra garante que se mantém em funções e pede reunião urgente com bastonário
O presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) Amadora-Sintra, Luís Gouveia, garantiu esta quarta-feira que a administração se manterá em funções e anunciou que solicitará uma reunião urgente com o bastonário da Ordem dos Médicos para discutir a idoneidade formativa da unidade, sublinhando que o hospital tem capacidade para acolher 10 internos.
Após um encontro de mais de duas horas com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, Luís Gouveia destacou que a reunião foi "muito proveitosa", permitindo esclarecer "alguns temas no âmbito do Serviço de Cirurgia Geral" e reforçar a importância da manutenção da idoneidade formativa.
A reunião ocorreu um dia depois de a governante ter anunciado o encontro e ter afirmado que dele teriam de sair “soluções e também consequências”. Na terça-feira também se ficara a saber que o diretor do serviço de Urgência do Amadora-Sintra, Hugo Martins, demitiu-se do cargo e o bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, pediu a intervenção da tutela.
Sobre os desafios enfrentados pelo Serviço de Cirurgia Geral, Luís Gouveia reconheceu esta quarta-feira os constrangimentos decorrentes do "número limitado de cirurgiões", após a saída de 10 especialistas em 31 de outubro.
"Temos nove especialistas que pertencem atualmente ao quadro, além de prestadores que trabalham diretamente com o serviço de cirurgia geral e outros especialistas", detalhou, citado pela agência Lusa. Segundo o administrador, a unidade conta atualmente com 22 médicos prestadores de serviço para assegurar as escalas de urgência.
O presidente da ULS revelou ainda que pretende reunir-se com o bastonário dos médicos, Carlos Cortes, para esclarecer "um conjunto de situações que não se verificam", referindo-se à visita de avaliação da idoneidade formativa realizada pela Ordem dos Médicos em novembro. "Queremos construir uma solução conjunta", frisou, reforçando que o hospital tem condições para formar os 10 internos atualmente integrados na unidade.
Recorde-se que, a 15 de janeiro, a Ordem dos Médicos retirou a idoneidade formativa à cirurgia geral daquele hospital por "manifestas deficiência na capacidade de formar internos".