Marco Galinha na conferência do 50.º aniversário da VASP.
Marco Galinha na conferência do 50.º aniversário da VASP. FOTO: Leonardo Negrão

Presidente da VASP reage a pergunta do PCP ao Governo: "Não nos peçam é para substituir os deveres do Estado"

"A VASP não precisa de esmolas, nem de favores. Precisa de seriedade. E convém lembrar: a VASP não é o Estado português", afirmou Marco Galinha.
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Na sequência do pedido de esclarecimento do PCP ao Governo sobre os compromissos assumidos com a VASP com vista à distribuição de jornais e que medidas pretende tomar o executivo face à ameaça da distribuidora em interromper a distribuição em oito distritos, o presidente da VASP reagiu na rede social X, apelando à "responsabilidade" e ao cumprimento de compromissos.

"Nunca fui do PCP, fui educado para ser contra. Mas aprendi a respeitar quem tem princípios. E há gente séria, com coluna vertebral, que muito ajudou o DN e o jornalismo português. A VASP não precisa de esmolas, nem de favores. Precisa de seriedade. E convém lembrar: a VASP não é o Estado português. Nunca cortámos rotas porque acreditámos na palavra do Ministro Pedro Duarte, que desde janeiro dizia que o concurso público sairia em 7 semanas. E mérito ao Dr. Carlos Abreu Amorim, que deixou tudo pronto para avançar. A VASP sabe bem que um concurso público internacional é para todos. Mas acreditámos na seriedade e no compromisso dos responsáveis políticos, e aguentámos porque sabemos a importância de ter uma comunicação social forte, não fraca. O que pedimos não é dinheiro. É responsabilidade. É cumprir compromissos. Não nos peçam é para substituir os deveres do Estado", escreveu Marco Galinha.

Na pegunta enviada ao Governo, o PCP salienta que uma eventual decisão no sentido de interromper a distribuição de publicações periódicas nos distritos de Beja, Évora, Portalegre, Castelo Branco, Guarda, Viseu, Vila Real e Bragança "criaria uma intolerável situação de desigualdade entre territórios e populações no acesso a publicações periódicas, conduziria à privação do direito de informação e aprofundaria seriamente a perda de coesão".

"Trata-se de uma situação que não estará desligada de precipitadas e incumpridas promessas para com a distribuidora. Situação que exige que o Executivo adote as decisões que garantam uma solução que defenda o interesse público e seja capaz de evitar as consequências que a concretização do anúncio feito pela VASP, a concretizar-se, significaria", escreveu o PCP, num documento assinado pelo deputado Alfredo Maia.

Marco Galinha na conferência do 50.º aniversário da VASP.
Há oito distritos em risco de ficar sem acesso a jornais a partir de janeiro. Bloco questiona Governo

A administração da Vasp (propriedade do Grupo Bel, que é acionista do Global Media Group, ao qual pertence o DN) confirmou na quinta-feira que está a avaliar a necessidade de fazer ajustamentos na distribuição diária de jornais que poderão ter impacto, já a partir de janeiro, nos distritos de Beja, Évora, Portalegre, Castelo Branco, Guarda, Viseu, Vila Real e Bragança. A medida poderá ter impacto, já a partir de janeiro de 2026.

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Autarca de Vila Real apela a "medidas imediatas" para impedir redução de jornais no Interior

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