Operação Tutti-Fruti. Fernando Medina já foi ouvido como arguido
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Operação Tutti-Fruti. Fernando Medina já foi ouvido como arguido

O ex-ministro das Finanças foi ouvido pelo Ministério Público em novembro. Foi-lhe decretada a medida de coação mais leve, de termo de identidade e residência.
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O ex-ministro das Finanças, Fernando Medina, já foi ouvido como arguido no processo Tutti-Frutti. A informação está a ser avançada esta terça-feira pela SIC Notícias, que dá conta que o antigo presidente da Câmara de Lisboa foi ouvido, em novembro, pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP).

Foi-lhe decretada a medida de coação mais leve, de termo de identidade e residência. 

Medina está a ser investigado por suspeitas de prevaricação quando era presidente da Câmara de Lisboa. Em causa a atribuição, em 2017, de um apoio de 200 mil euros a uma associação de râguebi. 

em julho passado o ex-ministro dava conta de que o Ministério Público o queria ouvir como arguido: "Tive conhecimento nos últimos dias, através de comunicação da Assembleia da República, que o Ministério Público solicita a minha audição, na qualidade de arguido, no âmbito do inquérito conhecido como processo ‘Tutti Frutti’", referiu numa nota à comunicação social.

O antigo autarca da capital salientava que, segundo a comunicação do Ministério Público à Assembleia da República, era suspeito da "prática de um alegado crime de prevaricação".

"Em causa está a atribuição alegadamente indevida, por mim, enquanto Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, em 23 de março de 2017, de um apoio financeiro no valor de duzentos mil euros - a realizar em dois anos - à XV - Associação Amigos do Rugby de Belém, no âmbito do apoio ao associativismo desportivo", explicava Fernando Medina.

Em comunicado, o antigo governante disse ter visto, "com perplexidade, que a fundamentação do Ministério Público" assentava "num erro grosseiro e inexplicável", recusando qualquer ilegalidade".

A operação batizada de "Tutti Frutti" investiga desde 2018 alegados favorecimentos a militantes do PS e do PSD, através de avenças e contratos públicos, estando em causa suspeitas de corrupção passiva, tráfico de influência, participação económica em negócio e financiamento proibido.

Com Lusa

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