MP pede condenação de ativista que atingiu Luís Montenegro com tinta
O Ministério Público (MP) pediu hoje a condenação, sem quantificar a medida da pena, do ativista que durante a campanha para as Legislativas de 2024 atingiu com uma lata de tinta Luís Montenegro, então candidato a primeiro-ministro.
Ressalvando que o MP "não coloca em causa a nobreza" da causa climática, a procuradora do julgamento sustentou que "nenhum direito pode ser legitimamente exercido se dele decorrer a prática de um crime".
O ativista da Greve Climática Estudantil, de 19 anos e estudante universitário, está acusado de três crime de dano, por ter alegadamente danificado o vestuário de Luís Montenegro, então cabeça de lista da Aliança Democrática (AD) e atual primeiro-ministro, de uma fotógrafa do CDS e de um polícia de serviço na FIL, onde decorreu a ação, em 28 de fevereiro de 2024.
Tudo aconteceu na altura em que a comitiva de Montenegro chegava à Bolsa de Turismo de Lisboa, na FIL, no Parque das Nações. "Pontaria não faltou ao jovem que me abordou. Queria lamentar este episódio", disse na altura o presidente do PSD e então candidato a primeiro-ministro, que ficou coberto de tinta no rosto.
O jovem ativista foi imediatamente afastado por um agente da PSP e Luis Montenegro reagiu com humor, logo após ter sido abordado, dizendo: "Estou preparado para tudo".
"Tenho todo o respeito pelas pessoas que se manifestam e que defendem as suas causas, mas se a ideia era transmitir-me a preocupação que todos devemos ter com as alterações climáticas era mais fácil termos conversado, dialogado", disse Montenegro, aos jornalistas, minutos depois de ser alvo do protesto dos ativistas pelo clima.