MP pede condenação de ativista que atingiu Luís Montenegro com tinta
LUSA/ANDRE KOSTERS

MP pede condenação de ativista que atingiu Luís Montenegro com tinta

Ressalvando que o MP "não coloca em causa a nobreza" da causa climática, a procuradora sustentou que "nenhum direito pode ser legitimamente exercido se dele decorrer a prática de um crime".
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O Ministério Público (MP) pediu hoje a condenação, sem quantificar a medida da pena, do ativista que durante a campanha para as Legislativas de 2024 atingiu com uma lata de tinta Luís Montenegro, então candidato a primeiro-ministro.

Ressalvando que o MP "não coloca em causa a nobreza" da causa climática, a procuradora do julgamento sustentou que "nenhum direito pode ser legitimamente exercido se dele decorrer a prática de um crime".

O ativista da Greve Climática Estudantil, de 19 anos e estudante universitário, está acusado de três crime de dano, por ter alegadamente danificado o vestuário de Luís Montenegro, então cabeça de lista da Aliança Democrática (AD) e atual primeiro-ministro, de uma fotógrafa do CDS e de um polícia de serviço na FIL, onde decorreu a ação, em 28 de fevereiro de 2024.

Tudo aconteceu na altura em que a comitiva de Montenegro chegava à Bolsa de Turismo de Lisboa, na FIL, no Parque das Nações. "Pontaria não faltou ao jovem que me abordou. Queria lamentar este episódio", disse na altura o presidente do PSD e então candidato a primeiro-ministro, que ficou coberto de tinta no rosto.

O jovem ativista foi imediatamente afastado por um agente da PSP e Luis Montenegro reagiu com humor, logo após ter sido abordado, dizendo: "Estou preparado para tudo".

"Tenho todo o respeito pelas pessoas que se manifestam e que defendem as suas causas, mas se a ideia era transmitir-me a preocupação que todos devemos ter com as alterações climáticas era mais fácil termos conversado, dialogado", disse Montenegro, aos jornalistas, minutos depois de ser alvo do protesto dos ativistas pelo clima.

MP pede condenação de ativista que atingiu Luís Montenegro com tinta
Ativistas do clima atingem Montenegro com tinta verde. "Era mais fácil termos conversado"

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