Internamentos baixam em dia com 3742 casos e 16 mortes
Direção-Geral da Saúde (DGS) confirma que há 3742 novos casos de covid-19 em Portugal. Em 24 horas, foram ainda registadas 16 mortes associadas à infeção por SARS-CoV-2, indica o boletim epidemiológico desta sexta-feira (10 de dezembro).
Relatório diário dá ainda conta de 947 internados nos hospitais portugueses, menos 14 que ontem, dos quais 137 estão em unidades de cuidados intensivos, menos cinco que ontem.
O nível de incidência voltou a subir e é hoje de 457,7 a nível nacional (na última contagem, na quarta-feira, era de 438,4 casos de covid-19 por 100 mil habitantes em todo o território nacional e de 442,1 para 462,5 no continente.
Em dia de atualização dos valores da matriz de risco, o índice de transmissibilidade, R(t), não se alterou continua em 11,1 a nível nacional e no continente.
Antes de serem conhecidos os dados sobre a evolução da pandemia no nosso país, o ministro dos Negócios Estrangeiros anunciou que Portugal "vai retomar os voos comerciais" com Moçambique "nos próximos dias", sendo que há ainda dois voos de repatriamento agendados.
"Suspendemos os voos comerciais para que as autoridades sanitárias tivessem tempo para estudar a nova variante Ómicron e para perceber se a nova variante obrigaria a restrições adicionais. Ela obriga a cuidados adicionais, mas não é razão bastante para manter os voos suspensos", considerou o Augusto Santos Silva em declarações à RTP3.
De referir que os voos entre Portugal e Moçambique (e de outros países do continente africano) estão suspensos desde 29 de novembro, devido à variante Ómicron, que foi inicialmente detetada na África Austral, tendo o Governo feito voos de repatriamento desde essa altura.
Também esta sexta-feira, o primeiro-ministro, António Costa, falou sobre a vacinação de crianças entre os 5 e os 11 anos, depois de a DGS divulgar, na noite de quinta-feira, a posição técnica que serviu de base à recomendação da inoculação contra a covid-19 nesta faixa etária.
Depois de vários pedidos, por parte de partidos, mas não só, para que a DGS tornasse público o parecer da Comissão Técnica de Vacinação, o chefe do Governo defendeu, a divulgação de toda a informação sobre o processo de vacinação de crianças.
"Acho que deve ser divulgado o máximo possível da informação, de forma a reforçar a confiança de todos neste processo de vacinação", disse Costa, considerando que a Direção-Geral da Saúde (DGS) deve ponderar em cada momento o que deve ou não divulgar.
Refere, no entanto, que se deve confiar nas autoridades de saúde.
Para o chefe do Governo, Portugal "tem sido um caso mundial de sucesso" no processo de vacinação e isso deve-se à confiança dos portugueses no processo. Disse, no entanto, que não se iria pronunciar sobre o parecer que sustenta a recomendação da vacinação de crianças, uma vez que é uma matéria que compete à DGS. Aos jornalistas disse ainda que não conhece o parecer, remetendo, mais uma vez, a questão para a autoridade de saúde.
Questionado se, caso tivesse filhos nesta faixa etária, os vacinaria, o primeiro-ministro respondeu dizendo que "sim, claro, sem a menor das dúvidas".
"Eu vacinaria", repetiu, tendo em conta a informação que tem disponível. "Acho que os pais devem ouvir os pediatras e os médicos de família, devem sentir-se confortáveis para tomar essa decisão", considerou.
Dizendo que "em nenhum momento desde o início da pandemia houve qualquer matéria que fosse consensual", Costa diz que "devemos acatar o que as autoridades nos recomendam".