Mais 52 internados no dia em que Portugal passou as sete mil mortes

No primeiro dia do Ano mais 3241 pessoas foram diagnosticadas com covid-19, menos de metade do 6951 da véspera. Internamentos voltaram a subir: Há 2858 pessoas internadas, 492 em cuidados intensivos. Mais casos e mais mortes em Lisboa e Vale do Tejo.
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Portugal passou a barreira dos sete mil mortes por covid-19, no dia em que as novas infeções baixaram mais de 50%. Nas últimas 24 horas, o País registou mais 73 óbitos e mais 3241 pessoas infetadas (menos 3710 do que no dia anterior), segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado este sábado (2 de janeiro de 2021). No total, desde o início da pandemia, Portugal confirmou 423 870 casos positivos e 7045 mortes.

Nos hospitais portugueses há agora 2858 pessoas internadas (mais 52 do que na sexta-feira), sendo que 492 (mais 9) estão em cuidados intensivos. Ou seja, os internamentos voltam a subir depois de uma descida no dia anterior.

Até este sábado foram dadas como curadas 1482 pessoas, num total de 340 150 desde março de 2020. O número de casos ativos é agora de 76 675, mais 1686 do que na véspera.

Lisboa e Vale do Tejo volta a ser a região do país com maior número de novos casos. Dos 3241 registados em Portugal no dia 1 de janeiro, 1418 (44%) foram na capital e arredores. O Norte reportou 1104, o Centro 447, o Algarve 118 e o Alentejo 9.

Lisboa também lidera no número de óbitos (28), seguido pelo Norte (22). Centro e Alentejo têm mais 14 e 9 mortes por covid-19, enquanto o Algarve, Madeira e Açores não registaram qualquer vítima mortal no início de 2021. Das 7045 vítimas mortais registadas até agora, 3665 eram homens e 3380 eram mulheres.

A Madeira registou mais 76 novos casos de covid-19, o número mais alto desde o início da pandemia, elevando as infeções ativas para 697, segundo dados revelados pela Direção Regional de Saúde. No entanto, segundo o boletim diário da DGS a ilha contabilizou apenas mais 29 novos casos nas últimas 24 horas.

Entre os novos casos, 18 são importados da Região de Lisboa e Vale do Tejo, do Reino Unido, da Venezuela, da França e da Rússia e 58 de transmissão local.

Há 31 recuperações e 168 situações suspeitas. Há agora 697 infeções ativas. No total, a Região Autónoma da Madeira contabiliza 1836 casos de covid-19 e 14 mortes desde março de 2020.

Já nos Açores, a ilha de São Miguel tem 25 novos casos e a Terceira tem dois novos doentes registados, números resultantes de 634 análises realizadas, segundo a autoridade regional de saúde. Segundo a DGS são 28 novos infetados. No total são 2028 casos, 22 mortes e 1494 recuperações.

O Ministério da Defesa justifica a suspensão do início da 17.ª edição do Dia da Defesa com "a evolução da pandemia de covid-19 e as projeções conhecidas para o início do ano".

"Para a 17.ª edição do Dia da Defesa Nacional está previsto serem convocados, ao longo do ano, 113 278 jovens cidadãos nascidos em 2002 e ainda 30 641 abrangidos pela suspensão ocorrida durante o ano de 2020", refere o comunicado.

O Dia da Defesa Nacional envolve jornadas de atividades e esclarecimento dos cidadãos maiores de 18 anos sobre as Forças Armadas em todo o país. A retoma da iniciativa estava inicialmente prevista para a próxima quinta-feira. No ano passado, o Governo cancelou a 16.ª edição desta iniciativa, também devido à situação epidemiológica.

Portugal está sob recolher obrigatório às 13.00 e proibição de circular entre concelhos até às 05.00 de dia 4 de janeiro, "salvo por motivos de saúde, de urgência imperiosa ou outros especificamente previstos".

Os restaurantes terão de encerrar até às 13.00 nos dias 1, 2 e 3 de janeiro, "exceto para entregas ao domicílio". Já os estabelecimentos de comércio a retalho e de prestação de serviços, inclusive supermercados, poderão estar abertos apenas entre as 08.00 e as 13.00 nos dias 1 a 3 de janeiro, ou seja, de sexta-feira a domingo.

Segundo a lista atualizada de níveis de risco, que vigorará até 7 de janeiro no âmbito do novo estado de emergência, existem 30 concelhos em risco extremo de contágio, 79 em risco muito elevado, 92 em risco elevado e 77 em risco moderado.

A covid-19 já matou pelo menos 1 827 565 de pessoas no mundo desde que o aparecimento da doença na China. Segundo o balanço da agência France Presse até às 11.00 deste sábado, mais de 83 906 690 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados, 53 756 600 dos quais já foram considerados curados.

Na sexta-feira, registaram-se 9661 novas mortes e 555 864 novos casos em todo o mundo, sendo os países com o maior número de novas mortes os Estados Unidos, com 2271, México (700) e o Reino Unido (613).

A Bélgica tem o maior número de mortes em relação à sua população, com 169 mortes por 100 mil habitantes, seguida da Eslovénia (131), Bósnia (125), Itália (123) e Macedónia do Norte (120).

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