Portugal com mais 6951 casos e 66 mortos por covid-19

O Boletim da DGS regista ainda menos 34 internamentos e mais uma pessoa nos cuidados intensivos.

Portugal registou nas últimas 24 horas mais 6951 pessoas infetadas com covid-19, tendo-se registado mais 66 óbitos segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado esta sexta-feira (1 de janeiro).

No total, desde o início da pandemia, Portugal confirmou 420 629 casos positivos de covid-19 e 6972 mortes.

Na véspera, Portugal tinha vivido o pior dia de sempre em número de novos casos, com 7627, batendo os 7497 registados a 4 de novembro.

Nos hospitais portugueses há menos 34 pessoas internadas. São agora 2806 os doentes hospitalizados, sendo que 483 estão em cuidados intensivos, mais um do que ontem.

Há a registar 338 668 recuperados em Portugal, sendo que mais 4392 foram reportados no relatório da DGS e referem-se às últimas 24 horas. Há mais 2993 contactos em vigilância pelas autoridades, são agora 91 527.

No total há 74 989 casos ativos, mais 2493 do que no boletim de quinta-feira.

Em relação aos novos casos, é a região Norte aquela que apresenta mais (são 2745), seguindo-se Lisboa e Vale do Tejo (2131), Centro (1474), Alentejo (308) e Algarve (199).

Em relação aos mortos o número mais elevado também se sentiu a Norte (28), seguindo-se Lisboa e Vale do Tejo (23), Centro (10), Alentejo (três) e Algarve (um).

Na Madeira há 41 novos casos e uma morte, a 14.ª neste arquipélago desde o início da pandemia. Já nos Açores, que ainda não registaram qualquer óbito, foram contabilizados mais 53 casos.

Dos 66 óbitos registados no último boletim da DGS, 41 correspondem a doentes com mais de 80 anos. Há ainda 16 mortes na faixa etária dos 70 aos 79 anos, 8 na dos 60 aos 69, um na dos 50 aos 59 anos.

Recolher obrigatório às 13.00 e proibição de circular entre concelhos

Segundo as medidas do Governo para o período do Ano Novo, a circulação entre concelhos no território continental é proibida desde as 00.00 de 31 de dezembro e até 05.00 de 4 de janeiro de 2021, "salvo por motivos de saúde, de urgência imperiosa ou outros especificamente previstos".

Quanto ao recolher obrigatório, em que é proibida a circulação na via pública, aplica-se a todo o território continental, nos dias 1, 2 e 3 de janeiro a partir das 13.00 e até às 05:00 do dia seguinte.

Os restaurantes terão de encerrar até às 13.00 nos dias 1, 2 e 3 de janeiro, "exceto para entregas ao domicílio".

Independentemente da lista de concelhos por nível de risco de transmissão da covid-19, em todo o território nacional continental, os estabelecimentos de comércio a retalho e de prestação de serviços, inclusive supermercados, poderão estar abertos apenas entre as 08.00 e as 13.00 nos dias 1 a 3 de janeiro, ou seja, de sexta-feira a domingo.

Segundo a lista atualizada de níveis de risco, que vigorará até 7 de janeiro no âmbito do novo estado de emergência, existem 30 concelhos em risco extremo de contágio, 79 em risco muito elevado, 92 em risco elevado e 77 em risco moderado.

Nos Açores, as medidas em vigor até 7 de janeiro determinam que todos os estabelecimentos de bebidas e similares, com espaços de dança, estão encerrados, e os bares e outros estabelecimentos de bebidas, com ou sem espetáculo e com ou sem serviço de esplanada, têm de encerrar até às 22:00.

Ordem os Médicos quer privilegiar fator idade no Plano de Vacinação

A Ordem dos Médicos (OM) defendeu esta sexta-feira a mudança de critérios de vacinação contra a covid-19, privilegiando o fator idade, para facilitar a identificação dos grupos-alvo e permitir reduzir a mortalidade, morbilidade e pressão nos serviços.

Corroborando que os médicos e restantes profissionais de saúde "deveriam ser considerados como prioritários", a OM defendeu junto da tutela "uma mudança dos critérios de operacionalização dos grupos populacionais com fatores de risco já conhecidos, privilegiando, por exemplo, o fator idade, o que facilitaria a identificação dos grupos-alvo e permitiria reduzir a mortalidade, morbilidade e pressão nos serviços".

Para justificar esta convicção, a ordem liderada por Miguel Guimarães frisa que "a taxa de letalidade varia de cerca de 0,3% na faixa dos 50 aos 59 anos até aos 13,6% acima dos 80 anos".

"Nesse sentido, os profissionais e os residentes em lares, unidades de cuidados continuados e aqueles idosos que são acompanhados diretamente pelas famílias, beneficiariam da vacina logo numa primeira fase. Da mesma forma, no que aos profissionais de saúde diz respeito, defendemos que o fator idade e doenças associadas deveria ser considerado na seleção inicial, independentemente da unidade de saúde, região do país ou setor em que desenvolvessem a sua atividade", argumenta.

Num ofício dirigido ao ministério de Marta Temido, a OM manifestou também "preocupação com a falta de critérios de operacionalização para os profissionais de saúde que não trabalham no SNS [Serviço nacional de Saúde] e para os cidadãos que são seguidos exclusivamente a nível hospitalar no SNS e aqueles que são seguidos apenas nos setores social e privado".

A posição da OM surge na "sequência de algumas notícias que dão conta de que corroborou na íntegra a estratégia de Portugal de iniciar a vacinação contra a covid-19 pelos profissionais de saúde".

Pretende assim "clarificar que enviou ao Ministério da Saúde, a 21 de dezembro, um ofício com comentários ao Plano Nacional de Vacinação Covid-19 a que teve acesso, e que se trata do mesmo plano publicitado pelo coordenador da task-force junto da comunicação social".

Nesse documento, prossegue a nota de imprensa, "o bastonário da Ordem dos Médicos e o Gabinete de Crise para a Covid-19 defenderam que era urgente definir de forma clara, coerente e envolvente uma estratégia vacinal assente sobretudo nos objetivos de prevenir a mortalidade e prevenir a sobrecarga dos serviços de saúde, seguindo-se critérios de redução de morbilidade, de mortalidade e de preservação da atividade assistencial não-covid".

O Plano Regional de Vacinação Covid-19 estabelece três fases, a começar pela população mais idosa e pelos profissionais do sistema de saúde, público e privado, ao que se seguem as pessoas com comorbilidades e, depois, o resto da população.

A estimativa aponta que sejam vacinadas 50 mil pessoas na primeira fase; outras 50 mil na segunda fase, e, por fim, 100 mil pessoas.

A campanha de vacinação arrancou no domingo em Portugal, à semelhança de outros países da União Europeia.

A vacina é facultativa, gratuita e universal, sendo assegurada pelo SNS.

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