Portugal regista segundo dia consecutivo com 16 mortes em 24 horas. Há mais 3794 casos
Portugal confirmou 3794 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, indica o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). Relatório desta sexta-feira (23 de julho) refere que morreram mais 16 pessoas devido à infeção pelo novo coronavírus, o mesmo número de óbitos registados na quinta-feira.
O Norte é a região onde se verifica um crescimento no número diário de mortes, passando de quatro óbitos reportados no boletim de ontem para sete no relatório desta sexta-feira. Já Lisboa e Vale do Tejo registou hoje três vítimas mortais, na quinta-feira tinham sido nove.
As restantes mortes reportadas em 24 horas ocorreram no Centro (dois), Alentejo (dois) e Algarve (dois).
Sete vítimas mortais tinham mais de 80 anos, cinco tinham entre 70 e 79 anos e na faixa etária entre os 50 e os 69 anos ocorreram quatro óbitos.
O Norte volta a superar a região da capital ao notificar o maior número de novos casos, 1455. Mais cinco novas infeções do que Lisboa e Vale do Tejo.
Verificaram-se ainda mais 352 infeções no Centro, 281 no Algarve, 132 no Alentejo, 83 nos Açores e 41 na Madeira.
No que diz respeito à pressão nos hospitais portugueses, os dados mostram que há agora 855 internados (menos cinco face ao reportado ontem) sendo que se mantêm 178 doentes em unidades de cuidados intensivos.
Na atualização dos valores da matriz de risco, o R(t), índice de transmissibilidade, recuou para 1,07, mas a incidência a 14 dias continua a subir.
A nível nacional, a incidência passou de 409 para 418,3 casos de covid-19 por 100 mil habitantes. Já em território continental, passou de 421,3 para 430,8 infeções por 100 mil habitantes, refere o relatório diário da DGS.
Portugal tem, atualmente, 53 534 casos ativos da doença, mais 546 em comparação com o dia anterior, tendo sido registados em 24 horas 3232 casos de recuperados, num total de 876 240.
Desde o início da pandemia, Portugal registou 947 038 diagnósticos de covid-19 e 17 264 óbitos, sendo que há quase 82 mil contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.
Números divulgados pela DGS no dia em que coordenador da task force de vacinação revelou que Portugal vai receber apenas 200 mil das 600 mil vacinas da Janssen previstas para agosto, , que diz esperar ter 70% da população com vacinação completa entre 5 e 12 de setembro.
O vice almirante Gouveia e Melo, ouvido nesta sexta-feira na Comissão Parlamentar de Saúde , adiantou que o Ministério da Saúde "tem estado a compensar estas quebras com aquisições através de parceiros que não estejam a usar algumas destas vacinas ou a antecipar vacinas do 4.º trimestre para este terceiro trimestre".
Em comissão parlamentar, o vice-almirante disse que espera ter 70% da população vacinada com uma dose entre 8 e 15 de agosto e com a vacinação completa entre 5 e 12 de setembro.
Aos deputados, revelou que, no total, 2,5% da população respondeu 'não' à mensagem recebida para agendar a vacina e, quando houve mais filas, 2,7% faltaram à marcação.
Sobre a vacinação dos migrantes mais desfavorecidos, Gouveia e Melo disse que os dados de que dispõe apontam para 25 000 vacinados.
Afirmou ainda que "no fim de setembro teremos 82%" da "população com segundas doses [vacinada]". " O que significa que a população calculada será entre 85 a 90%, estamos praticamente a acabar o processo".
Dados da vacinação numa altura em que Portugal está em vermelho "menos denso", no que se refere à matriz de risco. Foi desta forma que Mariana Vieira da Silva ilustrou ontem a situação da covid-19 no país, após um Conselho de Ministros que deixou tudo igual em termos de restrições.
Mudanças só nos 26 concelhos que entraram para a lista de risco elevado ou muito elevado de contágios - e estes, sim, passam a reger-se pelas regras mais apertadas destes níveis. Decisões de maior envergadura só para a semana, depois da reunião com os especialistas do Infarmed, agendada para a próxima terça-feira.
Nesta altura há 116 concelhos em risco elevado e muito elevado de contágio. São mais 26 que na semana passada, quando se contabilizavam 90.
São 61 os concelhos que estão em risco muito elevado de contágio por covid-19, o que significa que registam pelo menos 240 casos por 100 mil habitantes a 14 dias (ou 480 casos em concelhos com baixa densidade populacional). Eram 46 na passada semana.
Em situação de risco elevado (mais de 120 casos por 100 mil habitantes ou 240 nos concelhos com baixa densidade populacional) estão 55 municípios, contra os 44 da semana passada.
A nível global, a covid-19 já fez quase 4,14 milhões de mortos em todo o mundo desde o início da crise sanitária, em dezembro de 2019 na China, segundo o balanço diário da AFP, baseado em dados oficiais.
Mais de 192 534 990 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados, adianta ainda a contagem da agência de notícias francesa.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, tendo em conta a mortalidade direta ou indireta ligada ao covid-19, o balanço de vítimas da pandemia pode ser duas ou três vezes superior ao que é oficialmente divulgado.