Mário Machado confronta polícias
Mário Machado confronta polícias Leonardo Negrão

Mário Machado e Rui Fonseca e Castro têm de apresentar-se no Campus da Justiça na segunda-feira

Os dois dirigentes de grupos de extrema-direita estiveram detidos no comando da PSP em Moscavide cerca de seis horas, na sequência dos confrontos ocorridos no Largo de São Domingos
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Mário Machado e Rui Fonseca e Castro saíram das instalações da PSP em Moscavide na noite desta sexta-feira, depois de cerca de seis horas detidos, na sequência dos confrontos desta tarde entre grupos de extrema-direita e manifestantes antifascistas no Largo de São Domingos, em Lisboa.

Tanto o ex-juiz e líder do partido Ergue-te, Rui Fonseca e Castro, como o neonazi ligado ao grupo de extrema-direita 1143, Mário Machado, assim como um terceiro detido, deverão apresentar-se voluntariamente na próxima segunda-feira, às 10h, no Campus de Justiça, informou a Polícia de Segurança Pública (PSP) em comunicado.

As detenções ocorreram após uma concentração não autorizada no Largo de São Domingos e foram motivadas por crimes de desobediência, resistência, coação e ameaça a órgãos de comunicação social.

Mário Machado confronta polícias
Largo de São Domingos passou do clima de confronto para o de 25 de Abril após saída de manifestantes
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"Só sairei daqui algemado". Rui Fonseca e Castro, líder do Ergue-te, detido após manter manifestação ilegal

Segundo a PSP, os confrontos resultaram ainda na identificação de um suspeito por agressões e de mais quatro pessoas por envolvimento nos distúrbios. Dois agentes da polícia ficaram feridos — um no nariz e outro na mão.

A polícia está a analisar imagens captadas por jornalistas para identificar outros envolvidos nas agressões. Até agora, há também registo de uma queixa apresentada por um civil que afirma ter sido agredido.

Mário Machado, recorde-se, tem por cumprir uma pena de prisão efetiva da qual já não cabe recurso.

MAI elogia atuação policial e condena atos de uma "minoria"

Já ao início da noite, o Ministério da Administração Interna emitiu um comunicado em que saúda os milhares de cidadãos que participaram de forma pacífica nas manifestações do 25 de abril realizadas em várias regiões do país, mas lamenta que "uma minoria tenha ultrapassado os limites legais" do direito à manifestação, obrigando à intervenção das forças de segurança para restabelecer a ordem pública.

A atuação da Polícia, segundo o comunicado, seguiu os mesmos critérios aplicados noutras situações, "independentemente das motivações, ideologias ou organizações envolvidas".

O Executivo agradeceu ainda o trabalho das forças de segurança e expressou solidariedade com os dois agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) que foram agredidos durante o serviço.

Leia aqui o comunicado:

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Comunicado__MAI_25_4_2025
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* com agências

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