Hospital de Gaia afasta negligência no caso do bebé que nasceu na receção

Hospital de Gaia afasta negligência no caso do bebé que nasceu na receção

Pai da criança acusou o hospital de demora na prestação de assistência médica e disse que a criança bateu com a cabeça no chão durante o parto. Hospital garante que agiu de acordo com o protocolo.
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O hospital Eduardo Santos Silva, em Gaia, afastou esta terça-feira, 7 de outubro, a existência de negligência no caso do bebé que nasceu, no sábado, em plena receção das urgências, tendo, segundo acusou o pai, batido com a cabeça no chão.

Segundo afirmou Ana Margarida Fernandes, diretora clínica da ULS de Gaia/Espinho, a "equipa médica foi logo ativada" - "não há uma equipa médica à porta do hospital" - e agiu de acordo com o protocolo, tendo dado uma cadeira de rodas à mulher.

O pai do bebé, Frederico Fernandes, tinha-se queixado à RTP de demora na prestação de cuidados à mulher, nomeadamente de não lhe ter dado uma maca (mas sim a cadeira de rodas) e de lhe terem pedido inclusivamente para tirar senha. Isto numa altura em que, segundo ele, a criança estava a nascer.

Segundo Frederico Fernandes, o bebé acabou por cair de cabeça no chão. Disse ainda que já apresentara queixa ao hospital, à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) e à Ordem dos Médicos, alegando violação dos protocolos de emergência.

A diretora clínica da ULS de Gaia/Espinho afirmou que o hospital ainda não recebeu nenhuma queixa formal e que estão a decorrer inquéritos e revisões de processos e procedimentos para apurar se, de facto, o bebé caiu de cabeça no chão, não havendo, até ao momento, testemunhos que corroborem essa acusação.

Ana Margarida Fernandes contrariou também as informações do pai de que o bebé teria realizado duas TACs.

A responsável garantiu que o bebé e a mãe estão bem, tendo a criança tido alta da unidadede de neonatologia e encontrando-se junto da progenitora. Ana Margarida Fernandes lembrou que os partos são situações clínicas muito imprevisíveis e que tudo aconteceu em poucos minutos. Justificou o facto de a mulher ter sido mandada para casa após a primeira observação, com as recomendações clínicas habituais, visto esta residir perto do hospital.

Entretanto, o inspetor-geral das atividades em Saúde, Carlos Caeiro Carapeto, adiantou à CNN Portugal que vai abrir um processo de inquérito ao caso.

Hospital de Gaia afasta negligência no caso do bebé que nasceu na receção
Bebé nasce no chão da receção das urgências do Hospital de Gaia

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