O Hospital Amato Lusitano (HAL) de Castelo Branco acionou esta quarta-feira o nível de catástrofe na medicina intensiva, depois de, num espaço de duas horas, ter ficado apenas com uma vaga nos cuidados intensivos.."Ontem [terça-feira] ao abrirmos estas 12 camas, em menos de duas horas, elas ficaram apenas com uma cama vaga o que levou, durante a noite, a perceber que iríamos abrir mais oito camas", afirmou Eugénia André, diretora clínica da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB)..A médica falava durante uma conferência de imprensa, realizada no HAL, para fazer um balanço da covid-19 na área de abrangência da ULSCB..Eugénia André explicou que a medicina intensiva tem um plano de catástrofe que inclui 20 camas e adiantou que o máximo de camas que poderá vir a ter são 22..Esta responsável adianta que o HAL, ao entrar na fase quatro do seu plano de contingência, entrou em "pré-catástrofe". "O que aconteceu nos últimos dias, leva a que o HAL tenha de alterar tudo o que até agora foi feito e preparar-se para receber os cidadãos, de forma a que se possa dar prestação de cuidados digna", afirmou..Mas também importa "lembrar que não é a saúde que vai parar a pandemia. Não é o vírus que vai desaparecer. Quem pode parar o risco de transmissibilidade é a população. Isso é uma obrigatoriedade de todos", alertou..Em enfermaria, na terça-feira, o HAL tinha 38 doentes internados. Segundo a diretora clínica da ULSCB, esta situação fez com que o plano fosse repensado e vão ser disponibilizadas 74 camas, isto é, vai passar de 38 para um total de 74 camas em enfermaria, com a hipótese de ainda poder aumentar mais algumas.."Neste momento vamos passar das 38 para 74 camas de enfermaria", disse..A ULSCB tem atualmente 19 funcionários "positivos" com o novo coronavírus, sendo que até ao momento, teve um total de 115 infetados, dos quais 59 enfermeiros e 13 médicos.