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Ana GomesOrlando Almeida / Global Imagens

Grupo Solverde apresenta participação criminal contra Ana Gomes por "declarações atentatórias"

Em causa declarações de "extrema gravidade e atentatórias do seu bom nome e reputação" em relação ao sistema que regula os jogos de casino.
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O Grupo Solverde emitiu esta sexta-feira um comunicado no qual acusa a ex-eurodeputada Ana Gomes de ter proferido declarações de "extrema gravidade e atentatórias do seu bom nome e reputação" em relação ao sistema que regula os jogos de casino.

Nesse sentido, apresentou uma participação criminal contra a agora comentadora da SIC que pretende "o apuramento de responsabilidades e o respetivo sancionamento".

Ana Gomes disse esta sexta-feira ter apresentado uma participação à Procuradoria Europeia, com conhecimento das autoridades portuguesas, relacionada com a avença do grupo Solverde à empresa da família do primeiro-ministro, Spinumviva, e com uma alegada falta de regulamentação nos casinos.

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Uma das queixas sobre caso Spinumviva foi feita por Ana Gomes. MP vai pedir documentos à empresa e clientes

Esta participação terá por base, segundo a antiga eurodeputada, informação recolhida em fontes abertas "com tudo o que foi publicado a partir do momento que se soube de toda esta ligação do primeiro-ministro aos casinos Solverde", acrescentando que "o sistema português de regulação dos jogos é absolutamente fictício".

Ana Gomes assumiu ainda ter dado conhecimento à PGR, à Polícia Judiciária e à Unidade de Informação Financeira sobre participação que enviou à Procuradoria Europeia.

Esta quarta-feira, o procurador-geral da República, Amadeu Guerra, anunciou a abertura de uma averiguação preventiva relacionada com a empresa Spinumviva e adiantou que foram recebidas três denúncias.

"Dos elementos que recolhemos até agora, não há fundamento para abrir qualquer inquérito", disse o procurador-geral da República, acrescentando que, precisamente pela falta de elementos, foi decidida a abertura de uma averiguação preventiva, que tem como objetivo avaliar se existem elementos para avançar com a abertura de um inquérito.

Amadeu Guerra não adiantou prazos e explicou que a averiguação preventiva terá como base informações obtidas em fontes abertas e que serão pedidos dados a várias entidades.

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