A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) anunciou esta quinta-feira, 20 de novembro, que vai aderir à greve geral de 11 de dezembro, manifestando-se contra a ameaça de “retrocesso civilizacional” no âmbito da reforma da lei laboral.“Após um vasto processo de auscultação, envolvendo centenas de reuniões e plenários sindicais por todo o país, e considerando a ponderação dos sindicatos que integram esta federação, a Fenprof decidiu, numa base de unidade e ação com os restantes trabalhadores, convergir para a greve geral”, explicou a organização sindical.Em comunicado, a Fenprof argumenta que o anteprojeto de alteração à lei laboral representa um “grave ataque dos direitos dos trabalhadores” e um "retrocesso civilizacional”. A propósito das propostas do Governo, lança críticas, em particular, ao que classifica como atentado à liberdade sindical e ao direito à greve, a perda de direitos de maternidade e paternidade, ou a flexibilização descontrolada dos horários de trabalho.“Num momento em que educadores, professores e investigadores se encontram profundamente mobilizados pela urgência da valorização das suas carreiras (…), a aprovação de um projeto desta natureza constituiria um gravíssimo retrocesso civilizacional, com consequências que rapidamente atingiriam todos os setores”, acrescentam os professores.O pré-aviso de greve será entregue na sexta-feira no Ministério da Educação, Ciência e Inovação.A greve geral em 11 de dezembro contra o anteprojeto do Governo de reforma da legislação laboral será a primeira paralisação a juntar as duas centrais sindicais, CGTP e UGT, desde junho de 2013, altura em que Portugal estava sob intervenção da 'troika'..UGT entrega pré-aviso de greve mas mantém disponibilidade para diálogo.Sindicato dos Jornalistas junta-se à greve geral e apela à adesão da classe