Ficam em prisão preventiva quatro dos seis detidos do grupo extremista neonazi Movimento Armilar Lusitano
Quatro dos seis detidos por pertencerem à milícia armada do grupo neonazi Movimento Armilar Lusitano vão ficar em prisão preventiva até ao julgamento, decretou esta quarta-feira, 19 de junho, o juiz de instrução criminal, justificando que existe perigo de fuga e continuação da atividade criminosa.
De acordo com o Expresso, entre os suspeitos, detidos na terça-feira, sujeitos à medida de coação mais grave está o chefe da PSP, tido como um dos líderes deste grupo neonazi, que estava em comissão de serviço na Polícia Municipal de Lisboa.
Os outros dois suspeitos da Operação Desarme 3D ficam obrigados a apresentações periódicas na esquadra da sua área de residência.
Os seis detidos, que foram presentes ao juiz de instrução para primeiro interrogatório, são suspeitos de crimes e infrações relacionados com grupos e atividades terroristas, discriminação e incitamento ao ódio e à violência e posse de arma proibida.
Refira-se que entre o arsenal apreendido pela Polícia Judiciária nesta operação estão armas, munições de guerra e explosivos com origem militar. Pela primeira vez foram encontradas ainda armas fabricadas em impressoras 3D.
De acordo com a PJ, a investigação “resultou da deteção online de indicadores de manifestações extremistas por parte de apologistas de ideologias nacionalistas e de extrema direita radical e violenta, seguidores de um ideário antissistema e conspirativo, que incentivava à discriminação, ao ódio e à violência contra imigrantes e refugiados”.