A Federação Nacional de Educação (FNE) e Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas criticaram o estudo da EDULOG divulgado esta semana, segundo o qual 40% das escolas em Portugal continental têm menos de 15 alunos e a ineficiência na gestão dos recursos humanos pode estar na origem de uma maior necessidade de professores. Agora, David Justino, autor do estudo, admite que houve um erro e que o estudo vai ser revisto.Em declarações ao Público, David Justino refere que houve um problema na extracção dos dados, o qual originouuma sobreposição na contagem de escolas. "Estamos a rever os dados em relação à dimensão das escolas, dado que houve contabilização dupla ou tripla [das escolas] nalguns casos", disse.Na próxima semana deverá haver um esclarecimento e, depois de feitas as correções, será publicada uma segunda versão do estudo.Segundo os dados do estudo “Necessidades de Professores: deficit ou ineficiência na gestão da oferta de ensino?” do EDULOG (o think tank da Fundação Belmiro de Azevedo para o setor da Educação) avançados na terça-feira, noticiados pelo DN, cerca de 40% das escolas de Portugal continental têm menos de 15 alunos e 26% têm menos de 10 alunos. Sefundo o estudo, a situação “representa um desperdício de recursos, sobretudo de professores e de dinheiros públicos”.A FNE contrariou estas conclusões e defendeu, em declarações à Rádio Renasceça, que "a falta dos professores deve-se ao desinvestimento no ensino ao longo de mais de duas décadas". Pedro Barreiros, secretário-geral do organismo, pediu uma análise qualitativa e estudos mais aprofundados e não apenas centrados em números.A Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, também em declarações à Renascença, considerou o estudo "injusto" e realçou que não ajuda à resolução dos problemas. Para Filinto LIma, presidente do organismo, a questão é a falta de professores.