As conclusões são do estudo “Convivialidade à mesa”, realizado pela Pitagórica para a Associação Portuguesa de Nutrição (APN) e o Continente. Com uma amostra de mil inquiridos, os resultados mostram ainda que a pesar de muita gente ainda ter o hábito de fazer refeições em casa, há questões que levantam preocupações: nomeadamente, o isolamento dos mais velhos e a atenção aos ecrãs por parte dos mais novos. Apesar de 64% dos inquiridos garantir que gostaria de fazer mais refeições à mesa com a família, há 37% de pessoas que não almoça em casa – contra 15% que diz não jantar – e 45% dos inquiridos afirmam almoçar, na maior parte das vezes, sozinhos, dentro ou fora de casa. Entre os que dizem jantar em casa, 37% fá-lo sem companhia, um número que é significativamente impactado pelos mais velhos. Entre os idosos, 31% afirmam jantar sozinhos.Entre os mais jovens, a grande questão são os ecrãs, revela o mesmo estudo. Cerca de 44% dos inquiridos utiliza com muita frequência telemóveis ou tablets às refeições, um número que dispara para 70% entre os 18 e os 34 anos, revela o mesmo estudo, que foi apresentado esta manhã, 12 de novembro, em Lisboa, e cujos resultados foram divulgados pelo Continente e a APN. No mesmo sentido, cerca de metade dos inquiridos vê televisão durante o jantar, esteja ou não acompanhado, e 56% almoça em menos de 30 minutos – uma percentagem que baixa para 44% ao jantar. Com a aproximação da quadra natalícia, a Pitagórica avançou com outra questão, sobre a consoada: 1 em cada 15 dos participantes neste inquérito afirmar que irá passar a consoada sem qualquer companhia.Numa altura em que crescem as preocupações sobre o uso intensivo dos ecrãs, o isolamento social e também a obesidade – cerca de 30% dos adultos portugueses são obesos – e havendo uma relação direta e comprovada entre os bons hábitos alimentares à mesa, a convivialidade e também a saúde mental, estes números vêm reforçar os alertas que têm subido de tom ao longo dos últimos anos..Obesidade atinge quase 30% dos adultos em Portugal. Associações querem acabar com o medo de pedir ajuda.Quando os ecrãs são uma questão de saúde pública