O Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) promove esta semana ações em diversas cidades para chamar a atenção para as dificuldades de quem anda de transportes públicos e para a falta de investimento nesta área.Em declarações à Lusa, Miguel Rato, que pertence à Comissão de Utentes da Linha de Sintra, explicou que as ações se focam exclusivamente nos transportes públicos e vão desde zonas urbanas e suburbanas, passando também pelo interior, como o protesto que farão em Mértola, no distrito de Beja.“Tem que ver com as diferentes necessidades que cada população sente nos diferentes locais”, disse Miguel Rato, acrescentando: “é sempre uma questão de opção política, ao longo destes anos”.De acordo com as ações previstas, esta segunda-feira (17 de novembro) os elementos do MUSP estão de manhã no Cais Fluvial de Cacilhas, em Almada, a distribuir documentos e, à tarde, pelas 17:00, terão uma ação idêntica na estação de comboios de Campanhã, no Porto.Na terça-feira está prevista uma distribuição e colagem de comunicados na estação de comboios de Sintra, entre as 05:00 e 07:00, na quarta-feira uma distribuição de documentos na estação metro de Odivelas (07:00) e, na quinta-feira, o MUSP vai estar em Mértola (Beja), onde decorrerá uma tribuna pública, pelas 18:00.O último dia da semana de protestos organizada pelo MUSP é na sexta-feira, altura em que os elementos do movimento estarão a distribuir documento na estação do metro – D. João I, em Vila Nova de Gaia, pelas 17:00.O movimento lembra que estas ações servem para “denunciar o atual estado de degradação e ausência de resposta por parte dos sucessivos governos” no que se refere à mobilidade e oferta de transportes públicos.Considera ainda que os problemas vividos diariamente pelos utentes passam pela “falta de comboios, de autocarros, de metro, de barcos e, mais recentemente, de ascensores”, criticando a “falta de investimento, opção política e vontade” dos sucessivos governos..Baratas, lixo e maus odores. Queixas por falta de higiene nos transportes públicos aumentam 57% em junho