A criminalidade violenta, que engloba crimes contra o património, liberdade pessoal ou autodeterminação sexual, tem vindo a diminuir na região Norte, revelou esta terça-feira, 30 de setembro, o coordenador de contraterrorismo e banditismo da Polícia Judiciária (PJ) do Porto.“A criminalidade violenta, em termos de perspetiva histórica, tem diminuído e isso é significativo”, apontou Manuel Pinto nas comemorações do 80.º aniversário da PJ, no Porto.Em declarações aos jornalistas, à margem do evento, o responsável assinalou que os crimes praticados por grupos organizados em postos de combustível, ourives ou casas, tal como sucedeu há uns anos, têm diminuído.António Pinto referiu que, nos últimos cinco anos, a PJ do Porto registou 3.700 inquéritos relacionados com criminalidade violenta, o que representa 10% dos crimes.Contudo, desde o início deste ano até agosto, a polícia de investigação registou um aumento da criminalidade deste tipo, situando-se nos 12%, valor esse que até ao final do ano pode alterar, sublinhou.Também o diretor da PJ do Porto, Pedro Machado, assinalou que se registou, na última década, uma significativa alteração do crime violento contra o património.“Não assumindo hoje, em geral, as proporções, o grau de violência generalizado e o caráter organizado e amplitude da atuação que ocorria no passado, após o sucessivo desmantelamento de inúmeros grupos criminosos em resultado de investigações conduzidas pela PJ”, apontou.Pelas características e dinâmicas que lhes estão associadas, este tipo de criminalidade exige que os investigadores envolvidos estejam altamente especializados e em constante processo de atualização para conhecer e antecipar novas modalidades e métodos de atuação, explicou.E para, acrescentou, identificarem e desmantelarem de forma eficaz grupos e redes criminosas..Descida da criminalidade geral e da violenta em Lisboa confirmada em relatório do Governo