Grécia envia dois aviões Canadair. Chegam sexta-feira para reforçar combate aos incêndios

Siga aqui a atualização sobre os incêndios que têm assolado o país há várias semanas. O Conselho de Ministros extraordinário reúne-se esta quinta-feira, 21 de agosto, para aprovar apoios às populações
Grécia envia dois aviões Canadair. Chegam sexta-feira para reforçar combate aos incêndios
Foto: Leonardo Negrão

Câmara do Fundão alerta para demora da intervenção dos meios aéreos

O presidente da Câmara do Fundão disse esta quinta-feira, 21 de agosto, que desde as 08:00 que estão definidas as prioridades de intervenção dos meios aéreos, mas às 10:30 ainda não havia nenhum a operar no incêndio que lavra no Fundão.

Em declarações à Lusa, Paulo Fernandes salientou que se corre o risco de perder uma janela de oportunidade para mitigar a situação no concelho e, nomeadamente, nos pontos previamente definidos para a atuação dos meios aéreos no concelho.

“Desde as 08:00 que estão definidas as prioridades de intervenção dos meios aéreos. São 10:30 e não está nenhum meio aéreo a atuar. Se não for feito nada acontece o mesmo que aconteceu ontem [quarta-feira]”, sustentou.

“Espero que à segunda seja de vez e se perceba que ou mitigamos a situação do fogo ou temos um final de tarde caótico como o de ontem [quarta-feira], sobretudo em Alpedrinha, Alcongosta e Souto da Casa”, afirmou.

Lusa

Pampilhosa da Serra sem frente ativa há 24 horas

O concelho da Pampilhosa da Serra está há cerca de 24 horas sem frente ativa, revelou esta quinta-feira, 21 de agosto, o presidente da Câmara, que disse acreditar que o fogo possa estar na fase final no seu concelho.

“Felizmente, não temos neste momento nenhuma frente ativa e os reacendimentos que ainda vão acontecendo, felizmente, com o dispositivo que está no terreno, têm-se eliminado rapidamente”, disse à agência Lusa Jorge Custódio.

O autarca explicou que, face ao nível elevado de humidade que se registou durante a noite e à capacidade de conter rapidamente os reacendimentos que vão surgindo, o incêndio, no seu concelho, possa estar “na fase final”.

Na quarta-feira, foi possível garantir que não havia frente ativa e hoje o município espera que, sobretudo durante a tarde (o período mais crítico), continue “a acontecer o mesmo e que os reacendimentos que vão surgindo consigam ser logo eliminados”, acrescentou.

Lusa

Grécia disponibiliza dois aviões Canadair que chegam a Portugal esta sexta-feira

A Grécia vai enviar dois aviões Canadair, que chegam a Portugal esta sexta-feira, 22 de agosto, para reforçar os meios de combate aos incêndios que têm assolado o país, mais concretamente as regiões Norte e Centro, ao abrigo da ativação do Mecanismo de Proteção Civil da UE.

"Estas aeronaves, que serão operacionalizadas a partir da Base Aérea de Monte Real, vão integrar o Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais (DECIR) esta sexta-feira, dia 22 de agosto, e permanecem em território nacional até ao dia 25 de agosto", informou o Ministério da Administração Interna.

O Ministério tutelado por Maria Lúcia Amaral recorda "que Portugal solicitou, na semana passada, através do Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia, quatro aviões Canadair para apoiarem no combate aos incêndios rurais".

"A Suécia disponibilizou de imediato dois aviões Fire Boss e o Governo francês enviou, na quarta-feira, dia 20 de agosto, um helicóptero Super Puma, acompanhado por uma equipa de cinco elementos. As duas aeronaves vindas da Grécia acrescem, assim, aos dois aviões Fire Boss suecos, ao helicóptero Super Puma francês e aos dois Canadair que as autoridades portuguesas alugaram", lê-se na nota do Ministério da Administração Interna.

Operacionais apeados procuram fechar frente de fogo em Seia próxima da Torre

Bombeiros e sapadores apeados procuram fechar uma frente de 200 metros em Seia próxima da Torre da Serra da Estrela, após uma noite que permitiu circunscrever frentes em Alvoco da Serra e Vasco Esteves, revelou hoje o presidente da Câmara.

Equipas de sapadores e bombeiros têm andado apeados à procura de fechar uma frente de cerca de 200 metros entre a Torre a Loriga, numa zona de altitude, de difícil acesso e vegetação rasteira, disse à agência Lusa Luciano Ribeiro.

“Andam toda a noite a fazer cinco ou seis quilómetros a pé para andarem pendurados no meio das pedras, entrando de pé pela estância de ski e indo por ali abaixo”, disse, referindo que se procura, durante a manhã de quinta-feira, 21 de agosto, fechar essa frente de 200 metros.

Segundo o autarca, essa é a frente que falta circunscrever no concelho de Seia, depois de ter sido possível travar as chamas em Alvoco da Serra e em Vasco Esteves, com recurso a máquinas de rasto, não havendo, de momento, qualquer aldeia no concelho em perigo.

“Mais uma vez é manter a vigilância sobre as áreas das frentes já consideradas fechadas, nomeadamente Alvoco da Serra e Vasco Esteves, mas falta essa frente que subiu todo o vale do Alvoco em direção à Torre”, acrescentou.

O incêndio que afeta o concelho de Seia, no distrito da Guarda, começou no dia 13 no Piódão, em Arganil, distrito de Coimbra.

Ao longo de mais de uma semana este incêndio de grandes dimensões já se estendeu, além de Seia, também ao concelho de Oliveira do Hospital e Pampilhosa da Serra (distrito de Coimbra) e aos concelhos de Castelo Branco, Covilhã e Fundão (distrito de Castelo Branco).

De acordo com o último relatório provisório do Sistema de Gestão de Informação de Incêndios Florestais (SGIF), atualizado na quarta-feira, este incêndio já terá consumido 53.224 hectares.

Lusa

Proteção Civil de Castelo Branco disponibiliza apoio psicossocial

O Serviço Municipal de Proteção Civil de Castelo Branco disponibilizou um serviço de apoio psicossocial à população das zonas afetadas e ameaçadas pelo incêndio que lavra no concelho.

“Foi acionada uma equipa multidisciplinar para prestar apoio à comunidade, em articulação com algumas entidades, nomeadamente a Cruz Vermelha Portuguesa - Delegação de Castelo Branco, a Cáritas Interparoquial e também o serviço social do município”, explica a Câmara, numa nota enviada à Lusa.

Adiantou ainda que esta equipa irá permanecer em funções junto da população enquanto houver necessidade.

“Serão delineados e alocados recursos conforme as necessidades”.

A autarquia disponibiliza também um número verde da Proteção Civil de Castelo Branco (800 272 112), para o qual devem ligar as pessoas que necessitarem do serviço de apoio psicossocial.

Este incêndio entrou em Castelo Branco a partir do concelho do Fundão, tendo origem em Arganil, no distrito de Coimbra, onde deflagrou no dia 13, pelas 05:00.

Este incêndio já se estendeu também aos concelhos de Pampilhosa da Serra e Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra), Seia (Guarda) e Covilhã (Castelo Branco).

A Câmara de Castelo Branco ativou o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil ao final da noite de domingo.

Lusa

Governantes reúnem-se com autarcas antes do Conselho de Ministros extraordinário 

Antes do Conselho de Ministros extraordinário, marcado para esta quinta-feira, 21 de agosto, às 17h00, em Viseu, que visa aprovar medidas de apoios às populações afetadas pelos fogos, os ministros da Economia e da Coesão Territorial, Castro Almeida, e da Agricultura e Mar, José Manuel Fernandes, reúnem-se com os autarcas dos concelhos das regiões Norte e Centro afetados pelos fogos.

A primeira reunião acontece durante esta manhã no Pavilhão Multiusos de Sernancelhe e, à tarde, os governantes vão estar reunidos com os autarcas na Câmara Municipal de Trancoso.

Fogo no concelho de Chaves em fase de rescaldo e vigilância

O incêndio que chegou na terça-feira ao concelho de Chaves, Vila Real, entrou em fase de vigilância e rescaldo cerca das 02:00 desta quinta-feira, 21 de agosto, disse à Lusa o comandante sub-regional do Alto Tâmega e Barroso.

“Continuam no terreno mais de 300 operacionais para fazer esta vigilância porque temos muitos pontos quentes e um perímetro muito grande” de fogo, disse Artur Mota.

ÀS 06:30, estavam no local 361 operacionais, com o apoio de 120 meios terrestres.

O incêndio que lavrava há vários dias na zona da Galiza, Espanha, chegou na terça-feira ao concelho de Chaves, entrou em resolução às 10:35 de quarta-feira e reativou à tarde, progredindo em direção a Vila Verde da Raia e a Bustelo.

Na quarta-feira, as chamas atingiram o parque empresarial, em Outeiro Seco, na zona industrial da Cocanha, à entrada da cidade de Chaves, e em Bustelo.

Na zona industrial atingiu um estaleiro onde arderam toneladas de lenha para venda.

Na segunda-feira, o fogo já tinha passado a fronteira na zona de Vilar de Perdizes, concelho de Montalegre, também no norte do distrito de Vila Real.

Lusa

Grécia envia dois aviões Canadair. Chegam sexta-feira para reforçar combate aos incêndios
Bombeiros avisam que “não faz sentido haver incêndios de 11 dias em Portugal”

Combate ao incêndio de Arganil mobiliza mais de 1700 operacionais

Bom dia,

Acompanhe aqui a atualização sobre os incêndios que têm fustigado as regiões centro e norte do país. Para esta quinta-feira, 21 de agosto, está marcado um Conselho de Ministros Extraordinário para aprovar apoios às populações afetadas. A reunião vai ter lugar em Viseu, um dos distritos mais assolados pelos fogos florestais.

Às 08:55, segundo dados da página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), continuava por dominar o incêndio que começou há mais de uma semana em Arganil, no distrito de Coimbra, e já atingiu três concelhos do distrito de Castelo Branco (Castelo Branco, Fundão e Covilhã), mobilizando mais de 1700 operacionais, com o apoio de 572 veículos e 13 meios aéreos.

A esta hora, estava ainda por dominar o fogo que deflagrou na quarta-feira em Cinco Vilas e Reigada, em Figueira de Castelo Rodrigo, no distrito da Guarda, que mobilizava 149 operacionais, com o auxílio de 33 viaturas e quatro meios aéreos.

Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

Os fogos provocaram três mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, alguns com gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.

Segundo os dados provisórios, até hoje arderam mais de 233 mil hectares no país, ultrapassando a área ardida em todo o ano de 2024.

DN/Lusa

Grécia envia dois aviões Canadair. Chegam sexta-feira para reforçar combate aos incêndios
Linha da Beira Baixa, A23 e EN18 interditadas desde as 18:00. Área ardida em Chaves já ronda os 5000 hectares
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Ajude-nos a ajudar: Autarquias lançam campanha de recolha de bens essenciais para bombeiros
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