As duas chaminés da antiga central termoelétrica de Sines, no distrito de Setúbal, vão ser derrubadas na quinta-feira, 2 de outubro, no âmbito do desmantelamento e demolição da unidade, que deve estar concluída em 2028, revelou esta quarta-feira, 1, a EDP.Segundo revelou a empresa à agência Lusa, a destruição das duas torres acontecerá pelas 15h00, com recurso a explosivos.“As chaminés serão derrubadas de forma controlada dentro do perímetro da central, com recurso a explosivos, método escolhido por ser o mais seguro e eficiente para estruturas desta dimensão”, revelou a EDP.Na mesma nota, a empresa estimou que a demolição “dure menos de um minuto”. “A fase de desmantelamento e demolição em curso, cuja conclusão está prevista para 2028, insere-se no processo de desativação da central, correspondente à última etapa do ciclo de vida deste empreendimento”, precisou.Para esta operação, indicou a EDP, foi definido um “perímetro de segurança com a proteção civil e as autoridades locais”, nomeadamente a GNR que irão controlar “acessos e cortes de vias, com comunicação prévia à população”.“Esta operação está a ser conduzida de acordo com elevados padrões técnicos e de segurança, e em estreita articulação com as autoridades competentes”, sublinhou a empresa.Foram adotadas “todas as medidas” para garantir “o menor impacto possível na área envolvente”, reforçou.Por seu lado, o município de Sines avançou que “a operação produzirá algum ruído pontual, seguido da emissão temporária de poeiras provocada pela fragmentação do betão”.Serão igualmente implementadas medidas de mitigação adequadas, com recurso a rega por aspersão para contenção das poeiras, adiantou.À Lusa, a EDP disse ainda estar a avaliar “de forma contínua as oportunidades associadas ao desenvolvimento de novos projetos energéticos” e a “trabalhar em novas soluções na área da central assentes em energia limpa”.A EDP encerrou em janeiro de 2021 a central a carvão de Sines, um fecho antecipado e justificado pela empresa, na altura, pela deterioração das condições de mercado..Central fecha em Sines. "Que garantissem o trabalho, tudo menos o desemprego". A central termoelétrica chegou a abastecer um terço da eletricidade consumida em Portugal, no início dos anos 90, e foi perdendo peso com o crescimento das energias renováveis, tendo assegurado apenas 4% do consumo elétrico em 2020, segundo dados da REN.Em novembro de 2022, o Governo PS anunciou uma verba de 98,9 milhões de euros, através do Fundo para a Transição Justa, para “mitigar os efeitos do encerramento da Central Termoelétrica de Sines”, com vista à reintegração dos trabalhadores afetados pelo fecho daquela unidade, a par da criação de ações de formação e de apoio ao empreendedorismo.