A presidente da Associação Portuguesa de Imprensa (APImprensa), Cláudia Maia, admite que o impasse na nomeação do presidente da Comissão da Carteira Profissional de Jornalistas (CCPJ) não contribui para a boa imagem da instituição.A cooptação para o presidente da CCPJ está em suspenso desde janeiro por não haver “consenso sobre os nomes apresentados” pelos representantes dos jornalistas e os representantes da indústria, começa por explicar a responsável em entrevista à Lusa. .“Para algumas autarquias interessa que não haja distribuição de jornais". Desta forma, a presidente da APImprensa, que integra a comissão, admite que este impasse “não contribui nada para a boa imagem da instituição”.Apesar disso, Cláudia Maia considera este obstáculo “legítimo, por se viver em democracia, pelo que se está a tentar encontrar nomes para o cargo, ainda que não seja fácil encontrar pessoas que se predisponham a ocupar estas funções, num momento tão difícil para a comunicação social”.Em relação às primeiras propostas apresentadas, a responsável refere que estas já foram discutidas, “pelo que não faz muito sentido voltar atrás”.Os primeiros nomes apresentados opunham os candidatos Henrique Pires Teixeira (apresentado pelos quatro jornalistas designados pelas empresas de comunicação social) e Luísa Meireles (indicada pelos jornalistas profissionais).Questionada sobre a possível integração da CCPJ junto da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), a presidente da APImprensa menciona “não ser uma solução perfeita”.“A CCPJ é um órgão de autorregulação e ao ser integrada na ERC deixaria de o ser, a menos que se encontrasse outra solução”, remata.Paulo Resendes/Agência Lusa