Não tendo Almeida Costa respondido ao mail, recorreu-se ao contacto telefónico. Neste, o questionado começou por dizer: "O texto está datado e assinado e tem uma data. A matriz jurídicocultural é a mesma." A seguir, comentou que não voltou a escrever sobre o assunto "porque não calhou" (na verdade, há pelo menos duas outras publicações suas sobre o tema, de 1995, na revista jesuíta Brotéria, nas quais mantém a recusa da legalização em qualquer circunstância, afirmando: "Ninguém duvidará que a vida intra-uterina ocupa, na hierarquia da Lei Fundamental, um posto superior, quer ao da saúde física ou psíquica da grávida, quer aos dois interesses que presidem às indicações às indicações eugénica e ética ou criminológica"). E, por fim, que "as coisas vão evoluindo, muitas coisas mudaram, mas nada mais do que isso", para concluir: "O que está escrito está escrito. Está datado historicamente."