A Organização Meteorológica Mundial (OMM) revelou esta quarta-feira, 15 de outubro, que os níveis de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera atingiram, em 2024, o valor mais alto desde que há registos. O aumento do calor retido por gases com efeito de estufa está, segundo a agência das Nações Unidas, a “acelerar” a mudança climática da Terra e a provocar fenómenos meteorológicos cada vez mais extremos.De acordo com o novo boletim sobre gases com efeito de estufa, o ritmo de crescimento do CO2 é agora três vezes superior ao registado na década de 1960. As emissões resultantes de atividades humanas — como a queima de combustíveis fósseis — e o aumento dos incêndios florestais estão a alimentar o que a OMM descreve como um “ciclo climático vicioso”.O relatório destaca que o salto na concentração média global de dióxido de carbono entre 2023 e 2024 foi o maior alguma vez registado num único ano desde o início das medições, em 1957.“O calor retido pelo CO2 e por outros gases com efeito de estufa está a acelerar perigosamente o nosso clima e a provocar fenómenos meteorológicos mais extremos”, alertou Ko Barrett, secretária-geral adjunta da OMM. “Reduzir as emissões é essencial. Não apenas para proteger o clima, mas também a segurança económica e o bem-estar das comunidades.”A OMM adverte ainda que este aumento mantém o planeta numa trajetória de aquecimento a longo prazo. Além do CO2, também o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O), dois gases com forte impacto climático, atingiram níveis recorde em 2024.Os especialistas da ONU reforçam que, "sem uma redução rápida e sustentada das emissões, os fenómenos extremos, como ondas de calor, secas prolongadas e tempestades violentas, tornar-se-ão ainda mais frequentes e devastadores nas próximas décadas"..Metas do Plano Nacional de Energia e Clima podem falhar, alerta associação Zero