Arderam 5786 hectares do Parque Nacional da Peneda-Gerês. Aldeias de Mondim de Basto em risco

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Arderam 5786 hectares do Parque Nacional da Peneda-Gerês. Aldeias de Mondim de Basto em risco
PEDRO SARMENTO COSTA/LUSA

Arderam 5786 hectares do Parque Nacional da Peneda-Gerês

O incêndio no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) consumiu 5.786 hectares daquela zona natural protegida, de acordo com os dados provisórios do Instituto para a Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), revelou hoje à Lusa fonte oficial.

O fogo, que deflagrou no dia 26 de julho em Ponte da Barca e que está em fase de resolução desde domingo, atingiu uma área total de 7.550 hectares, sendo que a área do PNPG ardida é de 5.786 hectares, de acordo com um levantamento que ainda não é definitivo, especificou a mesma fonte do ICNF.

O PNPG ocupa uma área de 69.596 hectares e abrange os distritos de Braga (concelho de Terras de Bouro), de Viana do Castelo (concelhos de Melgaço, Arcos de Valdevez e Ponte da Barca) e de Vila Real (concelho de Montalegre).

O presidente da Câmara de Ponte da Barca disse hoje à Lusa que o incêndio no PNPG consumiu 7.500 hectares daquela zona natural protegida, apontando “prejuízos avultados” em várias áreas e animais sem pasto.

“A nossa zona de parque foi quase toda consumida. Só uma pequena parte não foi. A Serra Amarela e as zonas à volta ficaram todas queimadas. Somando os hectares que arderam no nosso concelho aos de Terras de Bouro, foram consumidos mais de 7.500 hectares no PNPG”, adiantou Augusto Marinho, presidente da autarquia de Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo.

O Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) foi criado em 1971 e é gerido pelo ICNF.

De acordo com o ‘site’ da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 13:00, o fogo mobilizava 384 operacionais, apoiados por 127 viaturas e um meio aéreo.

Mais de 7500 hectares de área ardida no Parque Nacional da Peneda-Gerês

O incêndio no Parque Nacional da Peneda-Gerês consumiu “mais de 7500 hectares” daquela zona natural protegida, há “prejuízos avultados” em várias áreas e animais sem pasto, disse hoje o presidente da Câmara de Ponte da Barca.

“A nossa zona de parque foi quase toda consumida. A Serra Amarela e as zonas à volta ficaram todas queimadas. Somando os hectares que arderam no nosso concelho aos de Terras de Bouro, foram consumidos mais de 7500 hectares no PNPG”, adiantou Augusto Marinho, presidente da autarquia de Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo.

O autarca explicou que vai ser preciso “restabelecer os habitats, de modo a recuperar o património natural” perdido no incêndio que começou a 26 de julho, mas, no imediato, é preciso resolver outra “situação muito urgente” dos animais que ficaram sem pasto.

“É preciso desenvolver mecanismos para terem condições para os alimentar”, explicou.

A autarquia está, por isso, a “fazer um levantamento dos diversos prejuízos para comunicar às diferentes entidades governamentais”, não sendo possível apontar um prazo para a contabilização estar concluída, disse.

“Ainda estamos muito focados a resolver problemas essenciais, como o abastecimento de água, porque algumas tubagens foram queimadas pelo fogo e esta manhã uma aldeia estava sem água”, observou.

Os prejuízos, disse Augusto Marinho, “são diversos”, abrangendo “animais que morreram, colmeias destruídas e infraestruturas como ‘rails’ ou vias de acesso”.

Também o turismo teve “muitos prejuízos”, com sítios onde as reservas foram “canceladas a 100%”.

Apesar de o fogo ter sido dominado no domingo e estar ainda "em resolução", o autarca manifesta-se preocupado com a "necessidade de vigilância permanente e muito apertada, porque os reacendimentos podem ser perigosos".

"O fogo é muito traiçoeiro e na noite de domingo ardeu uma casa devoluta na aldeia de Mosteirô, freguesia de Britelo, e em Lourido uma frente de fogo ameaçava a aldeia e a população saiu, com o receio. Não houve ordem das autoridades e regressaram pouco tempo depois, mas isto mostra a ameaça que o fogo representa e o receio das pessoas", vincou.

O Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) foi criado em 1971 e é gerido pelo Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF). Ocupa uma área com cerca de 70 mil hectares, distribuídos por cinco concelhos: Melgaço, Arcos de Valdevez e Ponte da Barca (Viana do Castelo), Terras de Bouro (Braga) e Montalegre (Vila Real).

De acordo com o ‘site’ da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 11:30 de hoje o fogo que deflagrou a 26 de julho mobilizava 393 operacionais, apoiados por 128 viaturas e dois meios aéreos.

Autarca de Mondim de Basto diz que aldeias de Pardelhas e Ermelo estão em risco

O presidente da Câmara de Mondim de Basto disse hoje que o incêndio proveniente de Vila Real está a colocar em risco as aldeias de Pardelhas e Ermelo, bem como área do Parque Natural do Alvão.

“Temos já cerca de 500 hectares de área ardida no nosso concelho, temos duas aldeias confinadas, Pardelhas e Ermelo, e estamos preocupados com os cerca de oito quilómetros de extensão de incêndio que temos neste momento”, afirmou Bruno Ferreira à agência Lusa.

O autarca especificou que “não há, para já, evacuações”, há sim um “cuidado redobrado porque o fogo aproxima-se muito destas aldeias e as pessoas têm que estar de precaução caso ele possa chegar à suas habitações”.

“Quer dizer que há um risco sério de o incêndio chegar a essas aldeias, as pessoas estão já avisadas para se concentrar nos locais identificados em termos de prevenção e temos já preparado, no centro escolar do município, uma zona de acolhimento para, se for necessário, deslocarmos alguém, termos as condições para o fazermos”, referiu.

O fogo que atingiu Mondim de Basto teve início às 23:45 de sábado, em Sirarelhos, progredindo pela serra do Alvão, aproximando-se de várias aldeias e entrou, no domingo à tarde, em Mondim de Basto.

“É de facto uma área bastante grande, dispersa e que implica que haja todos os meios concentrados para podermos realizar este combate”, referiu, acrescentando que “estão a atuar quatro meios aéreos” naquela zona.

Bruno Ferreira explicou que o vento forte e os acessos difíceis ajudaram à propagação das chamas naquela zona, onde se mantém cortada ao trânsito a Estrada Nacional 304 (EN304).

“Temos uma preocupação de primeiro proteger casas e pessoas, mas também proteger este parque”, sublinhou.

O fogo mantém duas frentes ativas, a de Mondim de Basto e uma outra em Vila Real, na zona de Sirarelhos.

De acordo com a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), às 11:00, estavam mobilizados para esta ocorrência cerca de 397 operacionais, apoiados por 132 viaturas e seis meios aéreos.

A7 reaberta ao trânsito nos dois sentidos na zona de Fafe

A Autoestrada 7 (A7) foi reaberta ao trânsito pelas 09:40 de hoje nos dois sentidos na zona de Fafe, distrito de Braga, após o corte de várias horas devido a um incêndio que deflagrou esta madrugada, indicou a GNR.

Segundo a GNR, a A7, que esteve cortada entre Fafe e Basto, no município de Cabeceiras de Basto, foi cortada ao trânsito pelas 04:00 em ambos os sentidos, em resultado do incêndio que deflagrou em São Gens, Fafe, cerca das 03:45.

Sobre O incêndio, o mesmo continua a “arder com intensidade e na direção das aldeias de Casadela e Boucinha”, adiantou, pelas 10:10, o comandante Pedro Araújo, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Segundo este responsável, o combate às chamas vai ser reforçado com mais um meio aéreo, que será posteriormente rendido por um outro, acrescentando que o objetivo dos operacionais é fazer um ataque forte e efetivo para que as chamas não cheguem às duas aldeias.

O incêndio que deflagrou em São Gens, Fafe, cerca das 03:45, estava, às 10:30, a ser combatido por 77 operacionais, 25 viaturas e três meios aéreos.

Fogo em Vila Real com duas frentes. Preocupações com Pardelhas e Ermelo

O incêndio que começou no sábado em Vila Real lavra hoje em duas frentes que causam preocupações, estando as atenções centradas em Pardelhas e Ermelo, já no concelho de Mondim de Basto, disse a segunda comandante sub-regional do Ave.

“Temos alguma preocupação com as aldeias de Pardelhas e Ermelo. Estamos a monitorizar, houve necessidade de evacuação de umas casas isoladas por precaução. Está prevista a atuação de meios aéreos nessa frente”, afirmou Celina Oliveira à agência Lusa.

Pelas 08:30, os residentes ainda não tinham regressado a casa, estando também tudo preparado para que, se houver necessidade de retirar mais pessoas de habitações na zona de Pardelhas, estas possam ser concentradas no centro desta aldeia do concelho de Mondim de Basto.

O fogo que se alastrou a Mondim de Basto já passou a Estrada Nacional 304 (EN304) em algumas zonas, progredindo já em zona do Parque Natural do Alvão.

De acordo com a responsável, também considerado um ponto crítico é a frente, no lado de Vila Real, entre Pena e Sirarelhos.

Nesta zona está a ser feito, explicou, trabalho com ferramentas sapadoras e também ali está prevista a “entrada de meios aéreos”.

Segundo Celina Oliveira, estão no combate a este incêndio 332 operacionais, apoiados por 11 viaturas e ainda máquinas de rasto que já estiveram a trabalhar na zona de Currais e São Miguel da Pena e ainda em Mondim de Basto.

Desde domingo ao final da tarde que houve um aumento significativo de meios neste incêndio, prevendo-se ainda um reforço de operacionais.

O alerta para este fogo foi dado às 23:45 de sábado em Sirarelhos, tendo progredido para zonas de aldeias como Gontães ou Vila Cova, onde se aproximou das casas e os residentes foram aconselhados a sair para o centro da localidade.

O vento forte e a vegetação densa foram as principais dificuldades enfrentadas pelos operacionais no combate a este incêndio.

A7 cortada nos dois sentidos em Fafe devido a fogo

A Autoestrada 7 (A7) encontra-se hoje cortada à circulação rodoviária nos dois sentidos na zona de Fafe, distrito de Braga, devido a um incêndio que deflagrou esta madrugada, disse à Lusa fonte da proteção civil.

De acordo com a fonte, o trânsito está cortado entre Fafe e Basto, no município de Cabeceiras de Basto.

O incêndio deflagrou em São Gens, Fafe, cerca das 03:45 e, cerca das 08:30, estava a ser combatido por 65 operacionais, com o auxilio de 21 viaturas.

Proteção Civil prevê dar esta segunda-feira fogos de Vila Real e Celorico de Basto como dominados

A Proteção Civil perspetiva que os quatro grandes incêndios que se mantêm em Portugal continental esta segunda-feira de manhã, em Vila Real, Celorico de Basto, Arcos de Valdevez e Fafe, sejam dados como dominados durante o dia.

Em declarações à Lusa pelas 07:20, oficial de operações no Comando Nacional, Pedro Araújo, referiu que a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) tem a “perspetiva de poder vir a dar estes quatro incêndios como dominados” durante o dia de hoje.

Por essa hora, havia “quatro ocorrências significativas”: em Vila Real (onde o fogo era pelas 07:20 combatido p0r 332 operacionais, apoiados por 111 veículos), Celorico de Basto (302 operacionais e 105 veículos), Fafe (64 operacionais e 21 veículos) e Arcos de Valdevez (42 operacionais e 11 veículos).

De acordo com Pedro Araújo, a partir das 08:30 o combate aos fogos será reforçado com meios aéreos.

Acompanha aqui a evolução dos incêndios em Portugal

Bom dia!

Acompanhe aqui todas as incidências desta segunda-feira relacionadas com incêndios em Portugal.

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